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Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

05.01.14

Sangue Final

Nas mil e uma vezes em que planeei mentalmente como é que iria escrever esta opinião pensava sempre: "Vou tentar falar do livro de forma individual e não apenas como a parte final de uma série." E tantas vezes pensei isso que concluí que seria um erro: afinal de contas este é o livro final de uma série, esta é a última história de um capítulo da vida da história da Sookie Stackhouse. 

Quando um escritor decide começar a contar uma história deveria pensar: "Porque vou eu contar esta história? Porque vale a pena contá-la?" Porque eu, sem dúvida alguma, sempre que pego num livro na livraria e pondero compra-lo ou, quando abro um livro para o começar a ler, penso "Porque é que eu devo ler este livro? O que vou ganhar em ler esta história?".
Há um contrato subentendido entre autor e leitor em cada livro comprado: ao primeiro de escrever uma boa história, ao segundo de apreciar a viagem do herói e de ver as suas expectativas, sejam elas quais forem, satisfeitas. Não é obrigação do autor de ir ao encontro de determinadas expectativas assim como não é dever de um leitor de ficar satisfeito com uma má história.
Neste livro, que é o final de uma série, havia a obrigação de responder a uma pergunta colocada no primeiro livro: Como é que a Sookie iria viver com a sua telepatia, capacidade que a inibia de se relacionar de forma normal com humanos e que, por isso mesmo, a levou a namorar com um vampiro? Eu li 12 livros à espera de encontrar a resposta a esta pergunta. A fórmula parece simples: A heroína sente-se deslocada da sociedade, descobre que a sua deficiência é um super-poder e torna-se super-heroína.
A heroína não se torna uma dona-de-casa mãe de quatro filhos e feliz por voltar a integrar, de forma aparentemente normal, a sociedade que antes a rejeitava. Ela não se contenta por ficar com o gajo normal e desinteressante. MEU DEUS, ninguém lê livros de Fantasia Urbana porque quer que a heroína, que lida com vampiros, metamorfos, lobisomens, demónios e fadas, se torne numa mulher normal, como nós. Que felicidade tiro eu como leitora de fechar o 13º livro de uma saga e a suposta heroína ainda achar que a sua telepatia é uma espécie de deficiência? Que é melhor afastar-se dos vampiros, que antes lhe deram conforto e protecção porque não podem procriar?! Que a mensagem transmitida é que a única fonte de felicidade possível é casar, ter filhos e contentar-se com um emprego medíocre?
Desde Abril que tento perceber porque é que a autora fez estas opções. Várias hipóteses se levantaram: falta de motivação em escrever mais um livro da saga, vontade de dar uma lição aos fãs e mostrar-lhes que era superior ao que estes exigiam como final da série, incapacidade de lidar com o enorme universo que criou, etc. Em Setembro, quando finalmente li o livro, pensei que já não estivesse chateada com o seu conteúdo e que iria ser capaz de o ler com o devido distanciamento e compreender as suas escolhas. Não fui. Hoje, quase cinco meses depois de o ter terminado, já não me interessa saber o porquê. Vou relegar esta autora para a minha lista de "não voltar a ler". Ao escrever algo tão mau, desleixado e insatisfatório só me fez temer pelas outras séries do mesmo género que estou a acompanhar. Temo que outras autoras lhe sigam o exemplo.
Devo muito à Charlaine Harris e aos livros da Sookie Stackhouse, eles ofereceram-me entretenimento e acesso a um mundo que desconhecia: fiz amigos além-fronteiras, ajudei a dinamizar uma comunidade de fãs em Portugal, criei um bom relacionamento com a editora Saída de Emergência (que os editou em Portugal), fizeram-me ler um género de livros que nunca leria se não fosse a série de tv. Até conheci a autora quando veio a Portugal: uma senhora muito amável e bem-humorada. Mesmo assim, apesar da euforia, não sou fã incondicional. Sou fã de boas histórias. Sinto-me incapaz de defender esta saga como antes o fazia perante as más criticas que recebia.
Por fim um breve resumo do livro: Aparentemente alguém tenta matar a Sookie e ela acaba presa já não me lembro bem porquê e ela chama os amigos não vampiros para ajudar e afinal já se pode regressar da terra das fadas quando se quer e fazer a vingança final e a Sookie é incapaz de perdoar a uma boa amiga apenas porque ela lhe tentou um arranjinho no passado. Ah e os vampiros são maus e afinal já não faz mal acasalar com pessoas de quem podemos ouvir os pensamentos.
A sério, a história é simplesmente isto. É apenas mais uma história de crime e mistério. Não ganhei nada em lê-la e quero esquecer que a li.

 

Nomes dos personagens: Sookie Stackhouse, Bill Compton, Sr. Cataliades, Sam Merlotte, Eric Northman, Pam.
Nomes dos lugares: Bon Temps.
Conteúdo sexual: Uma cena de sexo.
Tipo de cenas: A cena é, na sua maioria, incomoda de se ler, em vez de excitante que é o que a autora deveria estar a tentar fazer e falhou redondamente.

 

Pontos positivos: Acabou, finito.
Pontos negativos: Não deveria existir sequer, como um todo.
Fez-me reflectir sobre: Se vale a pena continuar a investir em séries de livros.

 

Autor: Charlaine Harris
Série: Sangue Fresco (#13)
Editora: Saída de Emergência
Estante: Fantasia Urbana
Período de leitura: de 3 a 16 de Setembro
Formato: Papel
Língua: Português
Classificação: 1*: Quero esquecer que o li de tão mau que é.

30.01.13

Expectativa: Foi um livro que eu demorei muito tempo para começar a ler por várias razões. A primeira é que a época medieval não me seduz nada, com ou sem fantasia. Foi só apenas ao grande sucesso do autor por cá e à minha leitura dos capítulos sobre a Daenerys, que gostei bastante, que fiquei convencida a investir na leitura deste livro. Depois veio a série e com ela a euforia dos fãs. Tendo passado por uma situação semelhante mas invertida, com a série Sangue Fresco, decidi primeiro ver a série de tv e depois ler os livros. De certa forma quis afastar-me de todas as formas de pressão e euforia que livros com grandes hordas de fãs normalmente trazem consigo e apreciar o livro por si só, ao meu ritmo e ao meu gosto.

Estado de espírito: Primeiro livro do ano, comecei a lê-lo porque queria "finalmente começar a ler A Guerra dos Tronos" e porque andávamos a preparar o tema de Janeiro para o Só Ler Não Basta e queria estar bem preparada.

Opinião: A família ou a honra? Este é o dilema com que se depara Eddard Stark perante o convite que o rei lhe faz para ser a sua Mão. A sua decisão acaba por ser forçada, na sequência de um grande infortúnio, no entanto esta terá consequências graves para a sua família e reino.
George R. R. Martin oferece-nos com a "A Guerra dos Tronos" a introdução ao seu enorme jogo de xadrez em que Westeros (um reino de Fantasia onde as estações do ano duram anos e a magia quase que desapareceu) é o seu tabuleiro e as várias famílias e personagens os seus peões. É na complexidade do seu mundo e na forma como tudo se move e se interliga que torna esta saga tão interessante. Há um enredo maior do que este livro só, há um destino (que neste livro ainda não se sabe, tudo é introdutório) para esta história, tudo isto apresentado de uma forma bem escrita.
É por isso agridoce o que sinto relativamente a este livro e saga. Sinto que há uma grande festa a acontecer e da qual não consigo fazer parte. Arrastei a leitura durante quase um mês e muitos foram os momentos que não me apetecia lhe voltar a pegar. E o que mais me surpreende é a diferença entre o quanto adorei ler  apenas os capítulos da Dany para ler agora o universo ou a história completa.
Fantasia épica não é mesmo "my cup of tea", por muito boa que seja. Houve passagens que gostei muito: Os capítulos da Dany, os sonhos de Bran, as ansiedades da Sansa, a sagacidade de Tyrion. Fora isso tudo aborreceu-me e aborreci-me porque queria MESMO gostar. Ainda bem que, além deste tenho apenas tenho "A Muralha de Gelo" para ler e poderei desistir de uma saga que faz tanta gente feliz (mas não a mim).

 

Resumo: Robert Baratheon é rei de Westeros e convida Eddard Stark para ser a sua Mão, após a morte do seu antecessor. Este convite e sua aceitação leva à separação da família Stark assim como ao desmascarar dos planos da família Lannister para tomar o poder. Simultaneamente Robert descobre que os sobreviventes Targaryen ainda estão vivos e que Daenerys está grávida e decide ordenar a sua morte, com a qual Eddard não concorda. Os filhos Starks rapidamente levam rumos diferentes a partir do momento em que se separam e os seus destinos parecem que irão estar intimamente interligados com os do reino.


Pontos positivos: A complexidade da trama, a beleza da escrita, a criatividade.

Pontos negativos: O meu desinteresse pelo tipo de história levou que arrastasse a leitura por mais tempo do que o esperado.

Fez-me reflectir sobre: A importância dos bastardos no futuro dos Reinos quando os legítimos deixam de existir.

Excerto / Citação: Pág. 153

"E olhou para lá da Muralha, para lá de florestas sem fim sob um manto de neve, para lá da costa gelada e de grandes rios azuis esbranquiçados de gelo e das planícies mortas onde nada crescia nem vivia.
Olhou para norte, e para norte, e para norte, para a cortina de luz no fim do mundo, e então para lá dessa cortina. Olhou para as profundezas do coração do Inverno, e então gritou, com medo, e o calor das suas lágrimas queimou-lhe o rosto.
Agora sabes, sussurrou o corvo ao pousar no seu ombro. Agora sabes porque deves viver.
- Porquê? - disse Bran, sem compreender, a cair, a cair.
Porque o Inverno está a chegar."

15.12.12


Lamentavelmente este resumo contém spoilers

Resumo: "O Prestígio" é uma história contada a quatro vozes, em duas épocas diferentes. Andrew Westley, Kate Angier, Alfred Borden, e Rupert Angier são os quatro narradores de uma história sobre a rivalidade entre dois ilusionistas do século XIX. Esta rivalidade entre Alfred Borden e Rupert Angier nasce quase por acaso e rapidamente passa do desejo de um em desmascarar o outro para uma vingança e ambição desmedidas de parte a parte. A obsessão de Rupert Angier em descobrir o segredo de Alfred Borden era tão grande que este acabou por recorrer a Nicholas Tesla para lhe criar uma engenhoca que criasse o mesmo efeito de ilusão que  o truque a que Borden chamava de "O Novo Homem Transportado".
Levados aos limites, ambos destroem as suas vidas pessoais e profissionais e, anos mais tarde, a pequena Kate Angier assiste à morte de uma criança numa máquina estranha na cave de sua casa. Convencida que se trata do irmão gémeo de Andrew Westley, descendente de Alfred Borden, escreve-lhe e desvenda-lhe a história da família. Andrew não tem alternativa a não ser ficar naquele lugar sinistro durante a noite onde algo parece pedir-lhe para ficar desde o momento em que chegou e é então que se depara com uma revelação inesperada, resultado da rivalidade dos seus antepassados.

Expectativa:  Estava um pouco apreensiva. Conhecia e gostei imenso do filme que foi adaptado a partir deste livro e por isso receava não gostar.

Opinião: Tal como mencionei na expectativa, estava um pouco apreensiva relativamente a este livro, um receio que agora vejo ter sido infundado e tolo da minha parte e que me afastou durante muito tempo de uma boa história.
O melhor de "O Prestígio", na minha humilde opinião, é o seu formato epistolar. Por não ser contado de uma forma linear, mas sim através de relatos escritos em diário ou recordações, o que fica por dizer na perspectiva de um personagem só mais tarde é preenchido pelo relato de outro personagem. E, tal como num truque de magia, somos nós leitores que temos que preencher as lacunas sobre o que não nos é dito, sobre o que está por detrás da cortina.
Quando um mistério parece se desvendar, outro surge e todos eles estão relacionados com as vidas de Kate e Andrew, os descendentes dos ilusionistas rivais. O livro é por isso uma sucessão de acontecimentos e mistérios, quase como se o próprio livro fosse um espectáculo de ilusionismo. É engraçado, eu detesto ilusionismo, é uma arte que me aborrece de morte, no entanto no contexto histórico em que a história acontece compreende-se porque é que o ilusionismo era a arte admirável e surpreendente que era, assim como o circo, por exemplo. Este "O Prestígio" fez diminuir um pouco a minha aversão em pegar em livros sobre artes circenses.
E depois Christopher Priest faz algo que eu penso que é formidável: de certa forma, logo ao início, conseguiu implantar-me a ideia que algo de muito errado iria acontecer no fim do livro e senti que toda a história era um crescendo para uma revelação final, como num truque de magia. Não houve por isso um momento do livro que eu achasse particularmente chato porque estive sempre cativada em descobrir algum mistério em particular. E claro que no fim todo o ilusionista apresenta o seu melhor truque.
Quanto aos personagens, apesar de não ter tido favoritos, foram todos suficientemente interessantes, cada um à sua maneira. É um romance dominado pelos personagens masculinos, em que mulheres e amantes são apenas satélites nas vidas destes homens. Até Kate Angier é mais uma personagem secundária que serve apenas para ajudar a contar a história de Andrew, apesar de ela ter sido a faísca que dá início à acção.
"O Prestígio" é por isso excelente livro de crime, mistério, fantástico, histórico e algum (mas muito pouco) terror, bem contado e que, além de inteligente, entretém.
A adaptação foi feita ao cinema pela mão de Christopher Nolan, em 2006, tendo como protagonistas Hugh Jackman (Robert Angier) e Christian Bale (Alfred Borden). O filme é um pouco diferente do livro o que eu acho que é óptimo porque assim nenhum estraga a experiência do outro. Os finais de ambos (livro e filme) são arrepiantes e agrada-me que sejam diferentes.

Estado de espírito: Boa, com uma rotina estável mas sem desejo de ler coisas tristes.

Pontos Positivos: O formato diário, epistolar do livro, a narrativa na primeira pessoa acaba por aumentar o suspense, por dar um ponto de vista mais pessoal à história contada. A revelação final está à altura do suspense que criou ao longo do livro.

Pontos Negativos: Não lhe encontrei nenhuns pontos negativos.

Fez-me refletir sobre: Para se contar bem uma história tem que ser bem  preparada, assim como um truque de magia.

23.09.12

Série: O Predador da Noite ( #4 de #22)

Resumo: Wulf é um Predador da Noite um pouco diferente dos outros: Ele era um viking mas não fez um pacto com Artémis, foi enganado e a sua alma trocada para se tornar num. Além disso foi lhe rogada uma praga terrível: todos os humanos que não fossem da sua família se esqueceriam dele ao fim de cinco minutos de se afastarem dele. Os séculos passaram e a Wulf resta-lhe apenas Chris. Até que encontra Cassandra, a descendente real dos Apollite, a única que se recorda dele, que está marcada para morrer pelo seu povo e inimiga natural dos Predadores da Noite. Wulf vai então que ultrapassar as ideias pré-feitas que tem dos Apollite e dos Daemon e defender Cassandra e o seu próprio futuro da morte certa.

Expectativa: Eu tinha gostado bastante do Dança com o Diabo e por isso sabia que seria difícil que este livro o ultrapassasse. Como era Verão e já tinha passado bastante tempo desde a última vez que peguei nesta saga de que gosto muito porque é leve, sensual e divertida.

Opinião: Confesso que não tenho muito a dizer sobre este livro. Cassandra e os Apollite foram muito interessantes, assim como a maldição do esquecimento sobre Wulf. Wulf foi um bocadinho decepcionante como viking. Digamos que o cabelo preto matou o charme de homem nórdico para mim. No geral achei o livro um pouco feito em cima do joelho, com a nota positiva de nos apresentar um pouco mais sobre a mitologia dos Predadores da Noite. É um bom complemento à saga mas fraco como livro (e romance) individual.

Pontos Positivos: É bom, entretém. Foi bom saber um pouco mais sobre os Appolite e os Daemon.

Pontos Negativos: Os furos na mitologia desta saga são de arrancar cabelos. Além disso este livro sofre de estranhos erros de continuidade e de mudanças de opinião de personagens. Se eu não encarasse a saga de forma tão levezinha, já a teria abandonado.

Fez-me refletir sobre: Porque é que a escritora não tem um controlo maior sobre datas, lugares e mitologia.

24.06.12

leões

Resumo:   Uma península está dividida entre o reino de Al-Rassan, ocupado pelos Asharitas, e os três reinos Jaditas a norte. Após a morte do último califa a instabilidade instalou-se no reino de Al-Rassan e os reis do Norte, impulsionados pelos clérigos da sua religião, decidem reiniciar a Reconquista do território. No seio desta turbulência política e social estão três pessoas que se vão tornar três amigos improváveis: Rodrigo Belmonte, capitão jadita, Ammar ibn Khairan, poeta asharita e Jehane, médica kindate. Apesar de especial e única eles sabem que a sua amizade tem os dias contados: por causa das suas origens e pelas escolhas que terão de fazer: coração, família ou honra. Ou todos.

Expectativa: Muito alta, foi me recomendado por vários amigos cuja opinião tenho em grande consideração.

Opinião:  No Alentejo, onde passei a minha infância, a presença árabe na região é algo ainda visível e palpável. Na escola, a professora não se limitou a ensinar-nos através dos livros o que tinha sido essa presença árabe: levou-nos a conhecer os vestígios ainda existentes, falou-nos da herança da comida e costumes que eles nos deixaram. Eu cresci ouvindo histórias como a lenda da Moura Encantada, tive sempre presente no meu imaginário essa época em que a língua e os costumes eram diferentes, naquele local onde eu vivia. O “Os Leões de Al-Rassan” prometiam, sendo um romance histórico com um pouco de fantasia, preencher de forma perfeita essa lacuna e foi, talvez devido a essa minha expectativa, que este livro ficou muito aquém do esperado.
O melhor deste livro é o “bromance” entre Rodrigo Belmonte e Ammar Ibn Khairan, assim como a relação deles os dois com Jehane. Foi pelas personagens fortes e cativantes, principais e secundárias, que mantive a minha leitura. Digo isto porque toda a história se desenrola muito devagarinho para depois nos dar pouco nas partes mais interessantes.
Havia uma constante mudança de perspectiva: agora era a perspectiva do rei Jadita no Norte, depois a perspectiva do rei da tribo no deserto para depois saltar para a perspectiva dos filhos de Belmonte. Tudo isto no mesmo capítulo. Nunca tive tempo para aprecia-los a todos devidamente e fiquei com a ideia que não tive o suficiente dos personagens principais. Tudo ficou interessante a 100 páginas do fim.
Um outro detalhe que me desiludiu foi a pouca fantasia que teve. É mesmo muito pouca. O livro tem poesia, quase nenhuma fantasia. Gostei das opções para símbolos religiosos, a ideia é muito gira e talvez a forma mais simples que na sua base, todas as religiões procuram Deus olhando para o Céu e não para o coração dos homens.

Pontos positivos:  A história real em que se baseia: a da Península Ibérica antes da Reconquista. Os personagens apaixonantes.

Pontos negativos: Esperava mais fantasia. A constante mudança de pontos de vista, por vezes mais do que uma vez por capítulo. O lento desenrolar da narrativa.

Estado de espírito: Boa mas fui ficando impaciente ao longo da leitura. Acabei por intercalar com a leitura de alguns contos para não me desmotivar.

Fez-me refletir sobre: É muito difícil explicar porque não vi nada de especial num livro que encantou tantos leitores. Lamento mesmo muito. É fácil justificar que é por ser um livro que decorre numa era medieval e que eu não acho grande piada a essa época mas acho que foi mesmo um caso de expectativas (erradamente) elevadas.


25.04.12

Resumo: Viver com duas fadas e manter um relacionamento com um vampiro xerife não é a situação mais confortável para a Sookie. No entanto tenta manter a sua vida dentro da normalidade possível e, já que tem que albergar um primo stripper e um ainda confuso tio-avô, Sookie decide limpar o sótão da sua casa para arranjar mais espaço para ambos. Eric e Pam estão fartos do domínio de Victor sobre eles: ele é agora o vampiro Regente do Louisiana, sob a alçada de Felipe, e os negócios que abriu estão a afectar tanto o Fangtasia como o Merlotte's. Sookie percebe que chegou o momento de agir e despachar Victor mas há um outro perigo à espreita: Sandra Pelt, que está louca por acabar com a vida de Sookie. No meio disto tudo ainda tem tempo de se ver a braços com um "chá de bébé" para a Tara e com novas revelações sobre o seu passado.

Expectativa: Uma mistura de boa e má expectativa. O facto da saga estar a entrar na recta final deu-me, como leitora, um novo fôlego, pois sei que já não há espaço para dispersão e tudo fica mais condensado.

Opinião: Após dois livros menos bons dou por mim a ficar novamente empolgada durante a leitura de um livro desta saga e gostei muito deste "Sangue Ardente".
Primeiro porque o número de situações perigosas a acontecer em simultâneo reduziram substancialmente. Depois porque os personagens que menos gosto (metamorfos e lobisomens) pouco ou nada apareceram e por fim porque houve revelações muito interessantes sobre o passado da família da Sookie, uma delas que explica porque é que ela é telepata. Sim, há uma explicação e é revelada neste livro. E isso é muito satisfatório.
Outro pormenor que gostei foi que a Sookie está menos preocupada em ser humana. Ela não diz isto com estas palavras mas percebe-se que está mais desligada da sua preocupação de ter ou não a sua família, filhos. Acho que em parte a revelação sobre o que se passou no seu passado, assim como os acontecimentos do seu presente, abrem-lhe os olhos para a sua realidade, que é a de ela não ser uma mortal comum e por isso não pode aspirar a viver uma vida "normal". Há também a questão dos vários pretendentes masculinos e também aí as coisas estão mais definidas.
Aliás, "romper" talvez seja a palavra-chave deste livro. Sookie rompe vários laços de amizade, assim como também rompe com o laço de sangue com Eric porque precisa de esclarecer-se a si mesma do que sente assim como precisa de esclarecer os outros daquilo que sente e pensa sobre a sua própria vida. Apesar de alguns fãs terem reprovado alguns dos eventos deste livro, estes não me chocaram e achei-os necessários para que a nossa heroína reencontrasse a sua identidade.
Por fim, fiquei menos preocupada com as hipóteses de a Sookie ficar com o Sam ou Bill, simplesmente porque ela não me pareceu interessada em nenhum deles, apenas em estreitar o seu relacionamento com Eric.
Pessoalmente fiquei muito satisfeita com este livro e já tenho o próximo pré-encomendado para o Kindle, o "Deadlocked" que deverá descarregar dia 1 de Maio, que planeio começa-lo a ler imediatamente.

Pontos positivos: A revelação do porquê da telepatia de Sookie, o mistério do Cluviel Dor, o romper com a Sookie passiva que é vítima das situações, aceitar a sua realidade e passar à acção.

Pontos negativos: Sandra Pelt, totalmente desnecessário o enredo, pareceu uma cópia do que ela já tinha feito à Debbie Pelt. Enfim...

Estado de espírito: Bom apesar de andar um pouco insatisfeita com as minhas leituras. Tudo o que leio me parece um pouco "morno".

Fez-me refletir sobre: O quanto as decisões dos outros, mesmo que bem intencionadas, nos podem ser prejudiciais.

07.04.12


Resumo: Meredith Gentry trabalha em Los Angeles como detective privada e é simultaneamente uma princesa fada em fuga da corte. A sua verdadeira identidade está bem camuflada até que surge na agência um caso invulgar: uma mulher traída pelo marido e a amante deste juntam-se para denunciá-lo de lançar um feitiço com potencialidade de matar a mulher dele. Na tentativa de desmascará-lo Merry é vítima de um feitiço e acaba por revelar a sua verdadeira natureza. A partir desse momento é apenas uma questão de tempo até voltar a ser recapturada e levada para a corte mas Meredith descobre que a sua tia, a Rainha da corte Unselee não a quer morta, pelo contrário. Ao regressar à corte, a princesa Meredith descobre porque quer a sua tia mantê-la viva, reencontra velhos inimigos, descobre um Poder e faz novos amigos entre os guardas da rainha.

Expectativa: Sabia que era um livro de fantasia urbana e que esta escritora tinha fama pela sua escrita "picante" mas sinceramente a minha expectativa era relativamente baixa, devido às criticas negativas que já tinha lido.

Opinião: 
Se há livros sobre os quais não tenho uma opinião definitiva quando os termino, este é um deles. Gostei mas também não gostei e tenho tido algumas dificuldades em decidir qual dos dois sentimentos é o que pesa mais.
Se por um lado achei o enredo muito fraquinho, que não justificasse o seu peso e tamanho, por outro lado gostei do universo que o livro apresenta: multifacetado, negro, perigoso. Não lhe encontrei nada que fosse realmente cativante mas por alguma razão dei por mim viciada na leitura, expectante sobre o que iria acontecer a seguir. Gosto muito de cenas "hot" e este livro tem muitas mas tão bizarras e sem razão real para acontecerem que acabam por serem enormes turn-offs.
O crime inicial resolve-se quase por si mesmo e todo o resto do livro é a Meredith a ir de um sitio para o outro, de uma forma muito demorada. Cada cena tinha diálogos intermináveis que nada mais eram do que se a protagonista deveria ou não regressar ao reino das fadas e o risco que ela corria. No entanto, e tal como já disse, dei por mim como que viciada no livro, porque como cada cena demorava muito a desenvolver estava sempre na ansiedade de saber mais.
Resumido: está longe de ser um dos daqueles livros que goste de ler mas, como é o primeiro de uma saga, prefiro tirar as minhas conclusões definitivas daqui a dois ou três livros.

Pontos Positivos: O universo criado de um mundo de fadas que coexiste num mundo igual ao nosso, o pouco mistério que o livro teve foi interessante, o facto da Meredith ser baixinha.

Pontos Negativos: Confesso que tanto sexo e sensualismo sem romance me meteu alguma confusão e teve o efeito oposto ao desejado. Todo o livro parece uma fantasia sexual muito elaborada com variedade suficiente para constituir um jardim zoológico. Há um que tem tentáculos e tudo.

Estado de espírito: Nem boa nem má, estava a desejar regressar ao romance paranormal e fiquei imediatamente farta assim que o terminei.

Fez-me refletir sobre: Sexo sem sentimentos, que há mentes bem mais perversas que a minha, tramas palacianas.

10.02.12


Resumo: Este livro é constituído por 5 contos. Pó de Fada - Neste conto Claude e Claudine procuram Sookie para ajudá-los a descobrir quem matou a sua irmã-gémea, Claudette. Noite de Drácula - É a noite de aniversário de Drácula e Eric espera ansiosamente que o conde honre o Fangtasia com a sua visita. Resposta de Uma Palavra Só - Sookie recebe a visita do advogado da rainha Sophie-Anne com uma triste notícia. Sorte - Sookie e Amelia aceitam ajudar o agente de seguros da Sookie. Presente Embrulhado - Sookie descobre um presente inesperado na floresta na véspera de Natal.

Expectativa: Nenhuma, eu conheço bem esta saga e já sabia que se tratava de uma série de contos já publicados.

Opinião: Os contos desta compilação são pequenos casos ou situações que acontecem com a Sookie em momentos entre os livros que já foram publicados (do primeiro ao décimo volume). Alguns destes contos expandem um pouco o universo, explicam certos rituais, outros esclarecem o que aconteceu antes de alguns livros, como por exemplo o "Resposta de uma Palavra Só" que introduz os acontecimentos do Traição de Sangue. Apesar de não achar esta compilação de contos nada de extraordinário, reconheço que a saga só fica completa com estes contos. Algo que notei e me surpreendeu foi que os casos (de investigação) pareceram-me muito mais interessantes, talvez por serem curtos e não dar muito espaço a passagens como a Sookie a lavar a roupa ou a arrumar a casa.

Pontos Positivos: Uma boa adição à saga. Mais curtos e mais interessantes.

Pontos Negativos: Pouco empolgantes.

Estado de Espírito: Boa.

Fez-me reflectir sobre: Nada.

26.09.11

capa_Segredos de Sangue.aiResumo: Sookie está a recuperar física e mentalmente depois dos eventos traumáticos que aconteceram no livro anterior Sangue Mortífero. Apesar do portal para o mundo das fadas estar fechado, o perigo ainda persiste e Sookie sabe que o facto do Claude se ter mudado para a sua casa não tem a ver apenas com a familiaridade entre ambos. Sookie reata o seu relacionamento com Eric e tenta sarar as feridas entre ambos, aproxima-se de Jason que a ajuda a lidar com os lobisomens, assim como de Hunter, que de certa forma precisa da sua ajuda para lidar com a telepatia. Este Segredos de Sangue é por isso um livro sobre a família, em todas as suas formas: a humana e as várias sobrenaturais.

Expectativa: Baixa, depois do livro anterior eu não sei que rumo esta saga ia seguir e receava um livro deprimente com mais reviravoltas tristes ou simplesmente sem sentido.

Opinião: Tal como no livro anterior tenho muitos sentimentos contraditórios sobre o que li. Tento sempre pensar nos livros individualmente  e encontrar-lhes a qualidade fora da saga mas tem sido cada vez mais difícil com cada um destes livros de Sangue Fresco. Não foi (novamente) um dos meus favoritos mas também não o detestei. Acho que vi a Sookie a “sacudir” finalmente o seu lado passivo, que quer ser humana apesar de tudo e não ser ativa nos acontecimentos, para uma Sookie que sabe que tem que fazer algo para poder estar em paz e, de certa forma, uma Sookie que se concilia com o seu sobrenatural e a sua telepatia.
Acho que a relação da Sookie com o Bill chegou ao fim. O Bill reencontrou aquela “irmã vampira” que é a cara chapada da falecida mulher dele e que adora a ideia de ficar com ele. E de uma forma muito irónica foi a Sookie que permitiu a reunião de ambos. Pessoalmente acho que a “team Bill” há muito tinha perdido, mas como ainda haviam dúvidas, acho que este livro encerrou definitivamente esse capítulo.
Tal não significa que tudo está em paz entre a Sookie e o Eric: ambos têm alguns demónios que precisam de ser exorcizados. O facto do criador do Eric ter surgido neste livro foi talvez para mostrar, além de como funciona a hierarquia e forças vampíricas, o quanto o relacionamento de ambos está sempre à mercê de terceiros. Para que ambos sejam um casal ambos têm de encontrar uma forma de estarem juntos, em termos humanos, vampíricos e feéricos.
E se pensávamos que o tema das fadas estava definitivamente encerrado, errado! Claude decide mudar-se para a casa da Sookie e há uma outra fada a rondar a sua casa. Juro que nunca hei-de compreender bem todo este tema das fadas.
Para terminar, os lobisomens e metamorfos. Mega bocejo. Mega mesmo.

Pontos positivos: Um renascimento de fanáticos religiosos, desta vez contra os lobisomens e metamorfos. Pam!! E o “vem, salta!” entre o Eric e a Sookie.

Pontos negativos: Lobisomens e metamorfos. Os pensamentos chatos e repetitivos da Sookie.

Estado de espírito: Confesso que li este livro um pouco contrariada e espero que o número de meses de espera entre este e o próximo me faça sentir saudades de voltar a ler a saga, algo que não sinto agora.

Fez-me refletir sobre: Que as pessoas perdem demasiado tempo a sobre analisar as coisas em vez de gozarem a vida.

13.08.11

Lido para o Verão Temático
Resumo: Lloyd Simcoe e Theo Procopides estão prestes a dar início a uma das experiências mais importantes das suas vidas: descobrir o Bosão de Higgs. No entanto, algo de completamente diferente acontece. Eles e toda a humanidade têm um vislumbre do seu próprio futuro, dali a 20 anos. Quando acordam o mundo encontra-se no caos: acidentes aéreos e viários aconteceram, muitos morreram e todos estão confusos com a visão que tiveram. Acima de tudo, Theo está confuso com a visão que não teve. É então criado um sistema de partilha de visões, para confirmar a veracidade das mesmas e Theo depressa descobre que será assassinado dali a 20 anos no futuro. Conseguirá ele alterar o seu futuro ou este é imutável e impossível de alterar?


Expectativa: Alta, sabia que o enredo se passava no CERN e que tinha uma abordagem mais científica que a série de TV. Estava preparada para um livro pouco interessante a nível de escrita mas acabou por me surpreender pela positiva.

Opinião: Se pudesses ter um vislumbre do teu futuro, estarias pronto para essa experiência? Quais seriam as repercussões que esse vislumbre teria no teu presente? É o futuro tão imutável como o passado? Estas são algumas das questões com que os personagens deste livro se debatem após o Flashforward. Com o doseamento certo de acção, introspeção, explicações científicas e algum romance, Flashforward foi um livro que me manteve constantemente interessada. O enredo começa com o acidente no CERN e todas as suas consequências imediatas e vai desenvolvendo, de uma forma clara e sem atropelos para os dramas pessoais de cada um dos personagens. Como estes são quase todos cientistas do CERN, permite a introdução natural das atuais teorias da física quântica que se debruçam sobre o funcionamento do universo e das viagens no tempo. Assim, qualquer leitor leigo sobre o tema pode aprender o que é o “Gato de Schrödinger”, o “Cubo de Minkowski”, o “Bosão de Higgs” entre outras teorias. Interessante foi encontrar que o próprio CERN tem uma página dedicada ao livro onde indica a ciência por detrás do livro e alguma informação sobre o trabalho que está a ser desenvolvido no complexo. Aconselho o vídeo que está nessa página.
Confesso que, dos diversos dramas pessoais apresentados, aquele com que mais me identifiquei foi o do Dimitri, irmão do Theo. A perspectiva de um futuro imutável e da não realização dos sonhos pessoais é algo que se apresenta como devastador e de uma vida não vivida.
Também achei interessante o paralelismo entre o capítulo final do Flashforward e do capítulo final da Máquina do Tempo. Em ambos há um “salto” para um futuro longínquo em que se questiona a sobrevivência ou evolução da raça humana. Achei genial (embora não concorde) a conclusão do Robert J. Sawyer que a existência do universo se deve à existência de um Observador, como no caso do “gato de Schrödinger”, e que esse Observador somos nós, humanidade.
Por fim, um dos factos mais interessantes do livro: foi escrito em 1999 mas a trama decorre em 2009. O autor acertou no nome do Papa Bento XVI, ainda antes deste ter sido nomeado em 2005 (é o bispo nomeado que escolhe o seu próprio nome de Papa).
Este é um livro dirigido a todos aqueles leitores que gostam de ficção-científica, da especulação e do debate mas satisfaz igualmente um leitor que gosta de ação.

Pontos positivos: A forma doseada como a ciência, a acção, o drama e a reflexão existem no livro. A forma original como o tema foi tratado (um avanço apenas da consciência e não do corpo).

Pontos negativos: Os personagens principais são pouco interessantes nos seus dramas pessoais.

Estado de espírito: Muito bom, motivada com a leitura. Gostei muito e satisfez-me em pleno, pois gosto muito do tema (viagens no tempo) e toda a ciência da física quântica.

Fez-me refletir sobre: Se estaria preparada a ver o meu futuro, se conseguiria viver se este me desiludisse.

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