26.05.10
Página 79
" Tem um corpete amarelo e preto de seda e veludo, uma saia azul-escura e uma touca branca que lhe cai em duas pontas por baixo do queixo.
- Como a tua? - perguntou o meu pai. Nunca me perguntara isso, embora eu lhe tivesse descrito a touca da mesma maneira todas as vezes.
- Sim, como a minha. Quando se olha para a touca durante bastante tempo - acrescentei à pressa -, vê-se que ele não a pintou realmente branca mas azul, violeta e amarela."
Página 113
"Quando ele regressou, com uma natureza-morta representando instrumentos musicais, ela parecia ter estado sempre sentada à mesa a escrever a carta."
Página 149
"Uma rapariga está sentada a tocar cravo. Tem um corpete amarelo e preto - o mesmo que a filha do padeiro usou para o quadro que ele pintou com ela - uma saia de cetim branco e fitas brancas no cabelo. De pé, junto à parte curva do cravo, está outra mulher que segura a pauta de música e canta. Enverga um roupão verde, debruado a pele, e um vestido azul. Entre as mulheres encontra-se um homem sentado de costas para nós..."
Página 168
"Sem ele havia apenas os meus olhos, a minha boca, a faixa da minha camisa, o espaço escuro atrás da minha orelha, tudo isso isolado.
O brinco iria reunir tudo. Iria completar o quadro."