30.01.13
Expectativa: Foi um livro que eu demorei muito tempo para começar a ler por várias razões. A primeira é que a época medieval não me seduz nada, com ou sem fantasia. Foi só apenas ao grande sucesso do autor por cá e à minha leitura dos capítulos sobre a Daenerys, que gostei bastante, que fiquei convencida a investir na leitura deste livro. Depois veio a série e com ela a euforia dos fãs. Tendo passado por uma situação semelhante mas invertida, com a série Sangue Fresco, decidi primeiro ver a série de tv e depois ler os livros. De certa forma quis afastar-me de todas as formas de pressão e euforia que livros com grandes hordas de fãs normalmente trazem consigo e apreciar o livro por si só, ao meu ritmo e ao meu gosto.
Estado de espírito: Primeiro livro do ano, comecei a lê-lo porque queria "finalmente começar a ler A Guerra dos Tronos" e porque andávamos a preparar o tema de Janeiro para o Só Ler Não Basta e queria estar bem preparada.
Opinião: A família ou a honra? Este é o dilema com que se depara Eddard Stark perante o convite que o rei lhe faz para ser a sua Mão. A sua decisão acaba por ser forçada, na sequência de um grande infortúnio, no entanto esta terá consequências graves para a sua família e reino.
Opinião: A família ou a honra? Este é o dilema com que se depara Eddard Stark perante o convite que o rei lhe faz para ser a sua Mão. A sua decisão acaba por ser forçada, na sequência de um grande infortúnio, no entanto esta terá consequências graves para a sua família e reino.
George R. R. Martin oferece-nos com a "A Guerra dos Tronos" a introdução ao seu enorme jogo de xadrez em que Westeros (um reino de Fantasia onde as estações do ano duram anos e a magia quase que desapareceu) é o seu tabuleiro e as várias famílias e personagens os seus peões. É na complexidade do seu mundo e na forma como tudo se move e se interliga que torna esta saga tão interessante. Há um enredo maior do que este livro só, há um destino (que neste livro ainda não se sabe, tudo é introdutório) para esta história, tudo isto apresentado de uma forma bem escrita.
É por isso agridoce o que sinto relativamente a este livro e saga. Sinto que há uma grande festa a acontecer e da qual não consigo fazer parte. Arrastei a leitura durante quase um mês e muitos foram os momentos que não me apetecia lhe voltar a pegar. E o que mais me surpreende é a diferença entre o quanto adorei ler apenas os capítulos da Dany para ler agora o universo ou a história completa.
Fantasia épica não é mesmo "my cup of tea", por muito boa que seja. Houve passagens que gostei muito: Os capítulos da Dany, os sonhos de Bran, as ansiedades da Sansa, a sagacidade de Tyrion. Fora isso tudo aborreceu-me e aborreci-me porque queria MESMO gostar. Ainda bem que, além deste tenho apenas tenho "A Muralha de Gelo" para ler e poderei desistir de uma saga que faz tanta gente feliz (mas não a mim).
Fantasia épica não é mesmo "my cup of tea", por muito boa que seja. Houve passagens que gostei muito: Os capítulos da Dany, os sonhos de Bran, as ansiedades da Sansa, a sagacidade de Tyrion. Fora isso tudo aborreceu-me e aborreci-me porque queria MESMO gostar. Ainda bem que, além deste tenho apenas tenho "A Muralha de Gelo" para ler e poderei desistir de uma saga que faz tanta gente feliz (mas não a mim).
Resumo: Robert Baratheon é rei de Westeros e convida Eddard Stark para ser a sua Mão, após a morte do seu antecessor. Este convite e sua aceitação leva à separação da família Stark assim como ao desmascarar dos planos da família Lannister para tomar o poder. Simultaneamente Robert descobre que os sobreviventes Targaryen ainda estão vivos e que Daenerys está grávida e decide ordenar a sua morte, com a qual Eddard não concorda. Os filhos Starks rapidamente levam rumos diferentes a partir do momento em que se separam e os seus destinos parecem que irão estar intimamente interligados com os do reino.
Pontos positivos: A complexidade da trama, a beleza da escrita, a criatividade.
Pontos negativos: O meu desinteresse pelo tipo de história levou que arrastasse a leitura por mais tempo do que o esperado.
Fez-me reflectir sobre: A importância dos bastardos no futuro dos Reinos quando os legítimos deixam de existir.
Excerto / Citação: Pág. 153
"E olhou para lá da Muralha, para lá de florestas sem fim sob um manto de neve, para lá da costa gelada e de grandes rios azuis esbranquiçados de gelo e das planícies mortas onde nada crescia nem vivia.Olhou para norte, e para norte, e para norte, para a cortina de luz no fim do mundo, e então para lá dessa cortina. Olhou para as profundezas do coração do Inverno, e então gritou, com medo, e o calor das suas lágrimas queimou-lhe o rosto.Agora sabes, sussurrou o corvo ao pousar no seu ombro. Agora sabes porque deves viver.- Porquê? - disse Bran, sem compreender, a cair, a cair.Porque o Inverno está a chegar."