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Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

21.12.12

Hoje foi o último dia da temporada da ficção pós-apocalíptica mas infelizmente eu já tinha dado o desafio como terminado há algum tempo. Apesar de motivada e de ser um tema que me interessa bastante, a verdade é que não me encontrava com o estado de espírito certo para ler sobre mais sobre o sofrimento humano. Assim sendo, a minha temporada resumiu-se a apenas dois livros, que foram simultaneamente um dos piores e um dos melhores livros do ano:
Divergent, de Veronica Roth - Provavelmente a minha pior leitura do ano. Quanto mais penso nele, mais raiva sinto do tempo que li a ter tamanha porcaria. Que lixo.
Eu sou a lenda, de Richard Matheson - Considerado já por muitos um clássico e o primeiro livro de zombies de sempre, este pequeno livro é um excelente exercício sobre a resistência humana, o instinto de sobrevivência contra a loucura, a morte e brinca com conceitos interessantes como evolução e ataques biológicos.

Por ler ficam os restantes livros da lista, para leituras no futuro, não apocalíptico.

06.10.12

Supostamente, segundo o calendário Maia, o mundo acaba a 21 de Dezembro deste ano e como gracinha lembrei-me que era giro assinalar o "fim do mundo" lendo livros sobre o tema. Ou melhor, sobre o que acontece após o fim do mundo.
Das opções que tinha disponíveis tive primeiro que distinguir o que é era "pós-apocalíptico" e apenas "distópico". Feitas as distinções, e sem ordem de leitura, as minhas escolhas são as seguintes:


Kindle
  • Divergent, Veronica Roth (em inglês)
  • The last man, Mary Shelley (em inglês)
  • Boneshaker, Cherie Priest (em inglês)
  • Oryx and Crake, Margaret Atwood (em inglês)
Papel
  • A Canticle for Leibowitz, Walter M. Miller Jr. (em inglês)
  • Eu sou a lenda, Richard Matheson

Desde já agradeço à Slayra (Livros, livros e mais livros) por ter dado o "arranque" e ter feito o magnífico botão ali em cima. Também à White_lady (Este meu cantinho...) e à Diana Marques (Papéis e letras) pelo entusiasmo que também demonstraram quando lancei a ideia. A todos aqueles que se queiram juntar a esta leitura temática estão à vontade e podem saber mais neste texto.

02.05.12

8173042
Leitura temática “Os melhores livros geek de sempre

Resumo: Num planeta Terra moribundo, onde apenas habitam aqueles que não podem emigrar para outros planetas ou aqueles que não o querem deixar, acompanhamos um dia na vida de Rick Deckard, caçador de androides. A sua missão é retirar seis androides Nexus-6 mas esta tarefa vai ser mais complicada do que previa porque este modelo de androide é, até ao momento, o que melhor imita o ser humano.

Expectativa: Hiper-mega-alta, o livro que deu origem a um dos meus filmes favoritos de sempre. Em conversas recentes com dois amigos meus e após ver o seu grande entusiasmo sobre o livro, decidi sacudir-lhe o pó e descobrir porque é que este é considerado um dos melhores livros geek de sempre.

Opinião: Aqui está uma opinião tirada a ferros. A razão? O medo de tropeçar e de dizer asneira ou de dizer pouco, considerando que este é um dos livros clássicos de FC.
Esperava um livro mais semelhante ao filme e o primeiro embate foi reajustar-me a este mundo criado por Philip K. Dick e tentar dissocia-lo daquele criado por Ridley Scott. Depois foi tentar compreender um mundo distópico muito mais avançado ao que temos atualmente e que existe em 1993. Feitos os devidos ajustes mergulhei totalmente neste universo em que o planeta Terra está moribundo, cheio de lixo e de cinza e escasso em humanos, onde os animais estão quase todos extintos e são bens preciosos. As imagens e ideias que ele contém são fantásticas: ciborgues em tudo quase humanos, humanos que vivem isolados em prédios abandonados porque não conseguiram emigrar para Marte e que só têm a companhia da TV, que apenas transmite um canal o dia todo. Caixas de empatia que criaram uma nova religião. Aparelhos que modificam o nosso estado de espírito.
Há dois tipos de humanos neste livro, representados por Rick Deckard e J.R.Isidore, assim como dois tipos de ciborgues: os Nexus 6 e os animais artificiais. Com o auxilio destes elementos o autor permite-se fazer uma reflexão sobre a consciência humana, no seu plano filosófico assim como no religioso. O que é ser “humano” quando um organismo artificial é em tudo semelhante ao seu criador? Se consegue criar e apreciar arte, ter consciência da sua própria existência e mortalidade, o que sobra? Então toda a narrativa gira em torno da empatia, do sentir algo pelo nosso semelhante, de olhar além de si mesmo, da sua solidão e de sentir que se faz parte dessa entidade colectiva a que chamamos humanidade. Até os animais passaram a ser tesouros venerados por serem as outras únicas formas de vida. A religião que seguem, o Mercenarismo é a certo ponto desmascarada pelos ciborgues como nada mais que uma criação cinematográfica mas rapidamente a reação dos humanos é negar totalmente esse facto.
Toda esta reflexão e ideias são muito boas mas foi a sua execução que mais me custou. A escrita de Philip K. Dick é fria, pouco emocionante. Em momento algum senti empatia por nenhum dos personagens. Por vezes sentia a leitura arrastar-se e não tinha o menor interesse em virar a página. Como é que alguém que tem tão boas ideias consegue escrever de uma forma tão insípida? De uma forma talvez inocente achei que iria reencontrar no papel alguns dos diálogos vistos em filme mas esses não estavam lá. É esta a minha grande desilusão com esta obra de FC, o não ter sentido nada por ela.

Pontos positivos: As ideias, o mundo criado.

Pontos negativos: A escrita.

Estado de espírito: Boa mas tive de intercalar a leitura deste livro com outros para compensar a falta de excitação.

Fez-me refletir sobre: A consciência humana.

03.09.10

Sinopse: Sally é uma história de amor...é uma história de amor que é tudo menos convencional, nascida sem a interferência de hormonas ou feromonas num lugar estranho e mutável. É uma história de amor que, pelo menos aparentemente, é unilateral, e o objecto desse amor dá título ao conto. Sally é a mulher perfeita. Pelo menos é essa a resposta que obteriam do Alberto Liemann se lhe perguntassem alguma coisa.
Aviso: além disto tudo, é também uma história de ficção científica.

Crítica: Sally foi uma agradável surpresa. Primeiro porque foi uma oferta personalizada e muito simpática de quem a escreveu, Jorge Candeias. Segundo, porque é um conto com um final inesperado, que nos faz questionar toda a leitura até esse momento final e desejar relê-lo. Sally foi um conto que li sem pressas e foi muito agradável acompanhar a viagem de Alberto desde o momento em que conhece a Sally até ao final.


Expectativa e estado de espírito: Estava sem expectativas e fiquei agradavelmente surpreendida com este conto.

Pontos positivos:  A forma como a história é contada, desvendada.

Pontos negativos: Nenhum.

Fez-me reflectir sobre: A perspectiva masculina sobre a beleza feminina.

Onde encontrar? Pode contactar o autor no seu blog.

28.08.10

Resumo: Takeshi Kovacs acorda imangado no planeta Terra. A sua função aí é simples: descobrir o assassino de Laurens Bancroft, um milionário matusa que se recusa a aceitar que se suicidou. Com poucas pistas Takeshi parte à descoberta e encontra um submundo de prostituição, violência e abuso de poder, em que a carne é mais barata que o virtual. Com a ajuda de Kristin Ortega, Kovacs descobre o que é que a morte de Bancroft tenta encobrir e vinga as vítimas do esquema, matanto o seu líder, uma matusa poderosa.

Crítica: Não leio, há uns anos valentes, um livro de ficção científica. Não porque não goste mas apenas porque não procurei e não se proporcionou. Por isso, a minha crítica será apresentada da minha perspectiva, de leiga de FC. Muitos elementos me terão escapado, analogias ou comparações mas espero poder passar a minha perspectiva do que foi a leitura deste livro.
A primeira impressão que tive, e que me agarrou à leitura, foi que o mundo de "Carbono Alterado" era em muitos pontos semelhante ao Blade Runner. Takeshi Kovacs não é polícia mas é contratado para investigar a morte de um "matusa" milionário. Não há ciborgs mas há um hotel com inteligência artificial e mangas sintéticas, substitutos baratos de mangas, onde qualquer um poderá ser imangado. Mas, acima de tudo, tem todo aquele ambiente e envolvência de um filme noir dos anos 40. Por várias vezes, quando Kovacs puxava do cigarro, ou na luta de boxe, que me lembrei do livro "A Dália Negra" que li há uns anos atrás.
Takeshi Kovacs é um personagem muito interessante e bem desenvolvido. Em muitas passagens é feita a referência ao seu passado, às memórias do seu mundo de origem ou das batalhas onde esteve. É um personagem de acção e nas 427 páginas que constituem esta narrativa, apesar de ter alguns momentos de reflexão, são recheados de pancadaria, tiroteios, intrigas e sexo. Por vezes chegava a ser cansativo e confuso. Dei por mim em vários momentos a perder o fio-à-meada: "mas como é que ele chegou a esta conclusão? porque é que decidiu ir para ali?". Penso sempre que, se a história é contada da perspectiva de um dos personagens, devemos conhecer-lhe todo o seu raciocínio, certo?
A parte da ficção científica é bestial neste livro. Não sendo nem utopia nem distopia, o futuro é apresentado como um "hoje", com outro tipo de entretenimento, outro tipo de publicidade, meios de transporte, outras guerras, mas de alguma forma muito próximo daquilo que hoje conhecemos.
Carbono Alterado é um grande puzzle, por vezes caótico, mas que deixa o leitor satisfeito no final. 


Expectativa e estado de espírito: Não tinha nenhuma ideia pré-formada sobre o livro e como tal não tinha grandes expectativas. A leitura correu bem, em tempo de férias foi mais demorado (eu leio mais quando ando a trabalhar) e houve uma altura em que custou-me um pouco pegar no livro, quando a acção estava muito densa e confusa.

Pontos positivos: A criatividade na criação deste mundo, levada ao mais ínfimo pormenor. A escrita acessível.
 
Pontos negativos: Demasiada acção. As cenas de sexo (começo a pensar que não gosto mesmo nada de ler cenas de sexo escritas por homens).

Fez-me reflectir sobre: A "vida eterna", os podres que esta pode produzir, ao facto de a religião católica ser vista apenas como uma seita, a dúvida se os quimicos do cérebro ainda nos influenciam assim tanto.

Título Original: Altered Carbon (Gollancz S.F.)

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