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Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

05.01.14

Sangue Final

Nas mil e uma vezes em que planeei mentalmente como é que iria escrever esta opinião pensava sempre: "Vou tentar falar do livro de forma individual e não apenas como a parte final de uma série." E tantas vezes pensei isso que concluí que seria um erro: afinal de contas este é o livro final de uma série, esta é a última história de um capítulo da vida da história da Sookie Stackhouse. 

Quando um escritor decide começar a contar uma história deveria pensar: "Porque vou eu contar esta história? Porque vale a pena contá-la?" Porque eu, sem dúvida alguma, sempre que pego num livro na livraria e pondero compra-lo ou, quando abro um livro para o começar a ler, penso "Porque é que eu devo ler este livro? O que vou ganhar em ler esta história?".
Há um contrato subentendido entre autor e leitor em cada livro comprado: ao primeiro de escrever uma boa história, ao segundo de apreciar a viagem do herói e de ver as suas expectativas, sejam elas quais forem, satisfeitas. Não é obrigação do autor de ir ao encontro de determinadas expectativas assim como não é dever de um leitor de ficar satisfeito com uma má história.
Neste livro, que é o final de uma série, havia a obrigação de responder a uma pergunta colocada no primeiro livro: Como é que a Sookie iria viver com a sua telepatia, capacidade que a inibia de se relacionar de forma normal com humanos e que, por isso mesmo, a levou a namorar com um vampiro? Eu li 12 livros à espera de encontrar a resposta a esta pergunta. A fórmula parece simples: A heroína sente-se deslocada da sociedade, descobre que a sua deficiência é um super-poder e torna-se super-heroína.
A heroína não se torna uma dona-de-casa mãe de quatro filhos e feliz por voltar a integrar, de forma aparentemente normal, a sociedade que antes a rejeitava. Ela não se contenta por ficar com o gajo normal e desinteressante. MEU DEUS, ninguém lê livros de Fantasia Urbana porque quer que a heroína, que lida com vampiros, metamorfos, lobisomens, demónios e fadas, se torne numa mulher normal, como nós. Que felicidade tiro eu como leitora de fechar o 13º livro de uma saga e a suposta heroína ainda achar que a sua telepatia é uma espécie de deficiência? Que é melhor afastar-se dos vampiros, que antes lhe deram conforto e protecção porque não podem procriar?! Que a mensagem transmitida é que a única fonte de felicidade possível é casar, ter filhos e contentar-se com um emprego medíocre?
Desde Abril que tento perceber porque é que a autora fez estas opções. Várias hipóteses se levantaram: falta de motivação em escrever mais um livro da saga, vontade de dar uma lição aos fãs e mostrar-lhes que era superior ao que estes exigiam como final da série, incapacidade de lidar com o enorme universo que criou, etc. Em Setembro, quando finalmente li o livro, pensei que já não estivesse chateada com o seu conteúdo e que iria ser capaz de o ler com o devido distanciamento e compreender as suas escolhas. Não fui. Hoje, quase cinco meses depois de o ter terminado, já não me interessa saber o porquê. Vou relegar esta autora para a minha lista de "não voltar a ler". Ao escrever algo tão mau, desleixado e insatisfatório só me fez temer pelas outras séries do mesmo género que estou a acompanhar. Temo que outras autoras lhe sigam o exemplo.
Devo muito à Charlaine Harris e aos livros da Sookie Stackhouse, eles ofereceram-me entretenimento e acesso a um mundo que desconhecia: fiz amigos além-fronteiras, ajudei a dinamizar uma comunidade de fãs em Portugal, criei um bom relacionamento com a editora Saída de Emergência (que os editou em Portugal), fizeram-me ler um género de livros que nunca leria se não fosse a série de tv. Até conheci a autora quando veio a Portugal: uma senhora muito amável e bem-humorada. Mesmo assim, apesar da euforia, não sou fã incondicional. Sou fã de boas histórias. Sinto-me incapaz de defender esta saga como antes o fazia perante as más criticas que recebia.
Por fim um breve resumo do livro: Aparentemente alguém tenta matar a Sookie e ela acaba presa já não me lembro bem porquê e ela chama os amigos não vampiros para ajudar e afinal já se pode regressar da terra das fadas quando se quer e fazer a vingança final e a Sookie é incapaz de perdoar a uma boa amiga apenas porque ela lhe tentou um arranjinho no passado. Ah e os vampiros são maus e afinal já não faz mal acasalar com pessoas de quem podemos ouvir os pensamentos.
A sério, a história é simplesmente isto. É apenas mais uma história de crime e mistério. Não ganhei nada em lê-la e quero esquecer que a li.

 

Nomes dos personagens: Sookie Stackhouse, Bill Compton, Sr. Cataliades, Sam Merlotte, Eric Northman, Pam.
Nomes dos lugares: Bon Temps.
Conteúdo sexual: Uma cena de sexo.
Tipo de cenas: A cena é, na sua maioria, incomoda de se ler, em vez de excitante que é o que a autora deveria estar a tentar fazer e falhou redondamente.

 

Pontos positivos: Acabou, finito.
Pontos negativos: Não deveria existir sequer, como um todo.
Fez-me reflectir sobre: Se vale a pena continuar a investir em séries de livros.

 

Autor: Charlaine Harris
Série: Sangue Fresco (#13)
Editora: Saída de Emergência
Estante: Fantasia Urbana
Período de leitura: de 3 a 16 de Setembro
Formato: Papel
Língua: Português
Classificação: 1*: Quero esquecer que o li de tão mau que é.

21.06.12

Estes três contos pertencem a sagas que estou a ler e aproveitei para lê-los durante a leitura do Leões de Al-Rassan para cortar um bocadinho o ritmo.

 

Teme a Escuridão, de Sherrilyn Kenyon

Saga “O Predador da Noite"

Este conto encontra-se publicado na Revista Bang nº 12. Eu pausei a saga dos Predadores da Noite após a leitura do Dança com o Diabo, o 4º livro da saga (que adorei!) e, apesar de saber que corria o risco de me spoilar a ler este conto, não resisti a fazê-lo. Spoilei-me sim, e à grande. Fiquei muito surpreendida ao descobrir que certas coisas aconteceram (que nem imaginava serem possíveis de vir a acontecer) e que o Nick era agora um Predador da Noite. E Daemon. E que podia andar à luz do dia. E que odeia o Ash. Num pequeno conto foram tantas revelações que a minha vontade é recomeçar a saga já amanhã. O conto foca-se em duas situações: O regresso de Nick a uma Nova Orleães destruída pelo Katrina e o ódio que o consome desde a morte da mãe. Adoro a escrita de Sherrilyn Kenyon e as voltas que ela dá aos seus personagens. Muito bom!

 


Mina Wentworth and the Invisible City, de Meljean Brook

Saga "The Iron Seas"

 

Este conto foi publicado numa edição especial do "The Iron Duke" em Janeiro passado e funciona, de certa forma, como um final para a Mina e o Rhys depois do abrupto "felizes para sempre" do romance. A acção decorre passados 8 meses. A morte de um dos deputados do parlamento por uma estranha máquina em forma de roda que anda sobre carris lança Mina para mais uma investigação. Como inspectora da Scotland Yard ela corre constantemente perigo, mesmo com o seu fiel Newberry a acompanha-la e isso é algo que deixa o Rhys completamente louco. É que ele não está habituado a viver com o coração fora do corpo, a gostar e preocupar-se com outra pessoa além dele. Esse é o grande desafio de Mina e Rhys ao fim destes meses de casamento: mais do que amarem-se um ao outro, é viverem o dia-a-dia preocupando-se sim mas não morrerem de ansiedade com isso. Muito interessante também é ver como Anne, a menina que Mina adoptou no fim do The Iron Duke, se ajusta a ter uma família, uma espécie de mãe/irmã mais velha em Mina e um pai em Rhys. De resto, foi excelente regressar a Londres e rever os pais de Mina, saber um pouco mais sobre as "crèches", rir à gargalhada com as interacções entre Mina e o muito pudico Newberry, rever o Scarsdale. Apesar do mundo de The Iron Seas estar a evoluir noutras direcções, com outras heroínas e lugares, Mina Wentworth e a sua muito poluída e cinzenta Londres, terão sempre um lugarzinho muito especial no meu coração.

 

“Small-town Wedding”, de Charlaine Harris

Saga “Sangue Fresco”.

 

Este conto foi publicado no The Sookie Stackhouse Companion. Sam tinha convidado a Sookie a acompanhá-lo ao casamento do irmão mesmo já estando numa relação com a Jannilyn. Este conto é sobre isso mesmo: Sookie conhece a família de Sam e pelo meio evitam uma manifestação de ódio contra os metamorfos durante o casamento, instigada pela Irmandade do Sol. Dois terços deste conto são chatos. Como já li os dois livros posteriores aos eventos deste conto passei o tempo todo a revirar os olhos com as interacções Sookie/Sam (porque não quero que a Sookie fique com ele no final da saga). O conto acaba por ficar interessante no terço final quando começa a manifestação assim como o momento pós casamento. Também me surpreendeu pela positiva pela reintrodução de personagens de livros passados assim como o fechar de situações do passado da Sookie, nomeadamente o Quinn. Este conto deve ser lido entre o 9º e o 10º porque, quem como eu não o leu, houve eventos que não compreendi e realmente lamento que a autora tenha decidido colocar alguns eventos importantes para a compreensão da história fora do alcance de tantos fãs.

20.05.12

deadlocked-charlaine-harrisLido no Kindle
Lido em Inglês

Esta opinião contém spoilers

Resumo:A vida de Sookie parece estar um pouco melhor: Sam tornou-a sócia do bar, depois do empréstimo de dinheiro, Jason está prestes a casar-se, Tara está quase a ter os bébés. Niall aparece e leva consigo Claude, deixando para trás Dermont a cuidar de todas as outras fadas no clube de strip. No entanto a sua vida com Eric está tudo menos bem: o rei Filipe decide fazer uma visita inesperada e quando a Sookie chega à festa encontra Eric a beber, inebriado, de uma rapariga. Rapariga essa que morre no seu relvado pouco depois. Além disso, Eric continua preso ao compromisso de ter que casar com a rainha do Arkansas e nem Eric nem Sookie parecem conseguir fazer frente a todas as barreiras que lhes surgem. Por fim, Sookie usa o Cluviel dor numa pessoa que ama.

Expectativa:Li recentemente o livro anterior que gostei muito e estava muito curiosa sobre este livro, que nos empurra para o fim.

Opinião: Deixei o livro que tinha em mãos para ler o “Deadlocked”. Já tinha sentido durante a leitura do Sangue Ardente que a autora tinha começado a fechar os vários enredos soltos que tinha criado e este volume veio a confirmar essa sensação. Aliás, para um livro que não é o último da saga, é um livro cheio de finais: Tara chegou ao fim da gravidez e está no pico da felicidade, Jason decide pedir a namorada em casamento, terminando assim com a sua vida amorosa errática, as fadas regressam finalmente a Fairy (sem antes criarem mais alguns distúrbios) com a ajuda de Niall. Também em relação aos seus vários pretendentes, Sookie parece colocar um ponto final a todos eles: Alcide, Bill e Quinn. Só restam na corrida o Sam e Eric.

Como em todos os livros, há vários mistérios para resolver: há uma rapariga morta à porta de Eric, que ele tinha estado a morder minutos antes. É esse enredo que vai revelar as verdadeiras intenções da namorada de Sam e de Claude. A forma como a autora montou e desmontou este crime foi muito boa e o que manteve mais interessada.

Gostei muito do regresso de Niall e do Sr. Catalíades, foram para mim dois pontos altos da história. Também gostei da cena com a Freyda, pela tensão criada. Este foi um livro em que a Sookie se vê rodeada de pessoas que a amam e que lhe demostram esse amor. Excepto da pessoa de quem mais quer essa demonstração.

Então, o que sobra para o último livro da saga? Considerando o fim deste livro  resta saber se Sookie escolherá Sam ou Eric. Ou nenhum. Eric está numa situação muito complicada porque Apius o prometeu em casamento a Freyda, a Rainha do Arkansas, antes de morrer. Ela é uma jovem vampira, bela e ambiciosa, que até visita a Sookie para lhe tirar as medidas. Será favorável para Filipe que Eric case com ela e aparentemente o casamento de Eric e Sookie pouco ou nenhum valor tem para ninguém. Por isso Eric está preso. Sookie também. Há uma cena neste livro entre ambos que é de partir o coração. Falar sobre ela é revelar demasiado mas mostra que tanto Eric como Sookie precisam ambos da mesma coisa: uma prova de amor do outro.

Pontos positivos:O fim de vários enredos, algumas cenas muito emocionantes, a revelação chocante de Claude. A conversa entre Eric e Sookie na noite do seu aniversário.

Pontos negativos: As tarefas domésticas da Sookie: uma vez mais temos que aguentar cenas intermináveis de tarefas domésticas e de listas mentais da Sookie. É irritante e insuportável ao infinito.

Estado de espírito: Boa, ansiosa com este livro. Por várias vezes fui espreitar a opinião de outras pessoas que acabaram o livro antes de mim para saber as suas reações.

Fez-me refletir sobre: Não compreendo as pessoas que chegam ao 12º livro de uma saga de 13 volumes e dizem que não vão ler mais. A sério, no penúltimo livro? Não vão mesmo querer saber o final?

25.04.12

Resumo: Viver com duas fadas e manter um relacionamento com um vampiro xerife não é a situação mais confortável para a Sookie. No entanto tenta manter a sua vida dentro da normalidade possível e, já que tem que albergar um primo stripper e um ainda confuso tio-avô, Sookie decide limpar o sótão da sua casa para arranjar mais espaço para ambos. Eric e Pam estão fartos do domínio de Victor sobre eles: ele é agora o vampiro Regente do Louisiana, sob a alçada de Felipe, e os negócios que abriu estão a afectar tanto o Fangtasia como o Merlotte's. Sookie percebe que chegou o momento de agir e despachar Victor mas há um outro perigo à espreita: Sandra Pelt, que está louca por acabar com a vida de Sookie. No meio disto tudo ainda tem tempo de se ver a braços com um "chá de bébé" para a Tara e com novas revelações sobre o seu passado.

Expectativa: Uma mistura de boa e má expectativa. O facto da saga estar a entrar na recta final deu-me, como leitora, um novo fôlego, pois sei que já não há espaço para dispersão e tudo fica mais condensado.

Opinião: Após dois livros menos bons dou por mim a ficar novamente empolgada durante a leitura de um livro desta saga e gostei muito deste "Sangue Ardente".
Primeiro porque o número de situações perigosas a acontecer em simultâneo reduziram substancialmente. Depois porque os personagens que menos gosto (metamorfos e lobisomens) pouco ou nada apareceram e por fim porque houve revelações muito interessantes sobre o passado da família da Sookie, uma delas que explica porque é que ela é telepata. Sim, há uma explicação e é revelada neste livro. E isso é muito satisfatório.
Outro pormenor que gostei foi que a Sookie está menos preocupada em ser humana. Ela não diz isto com estas palavras mas percebe-se que está mais desligada da sua preocupação de ter ou não a sua família, filhos. Acho que em parte a revelação sobre o que se passou no seu passado, assim como os acontecimentos do seu presente, abrem-lhe os olhos para a sua realidade, que é a de ela não ser uma mortal comum e por isso não pode aspirar a viver uma vida "normal". Há também a questão dos vários pretendentes masculinos e também aí as coisas estão mais definidas.
Aliás, "romper" talvez seja a palavra-chave deste livro. Sookie rompe vários laços de amizade, assim como também rompe com o laço de sangue com Eric porque precisa de esclarecer-se a si mesma do que sente assim como precisa de esclarecer os outros daquilo que sente e pensa sobre a sua própria vida. Apesar de alguns fãs terem reprovado alguns dos eventos deste livro, estes não me chocaram e achei-os necessários para que a nossa heroína reencontrasse a sua identidade.
Por fim, fiquei menos preocupada com as hipóteses de a Sookie ficar com o Sam ou Bill, simplesmente porque ela não me pareceu interessada em nenhum deles, apenas em estreitar o seu relacionamento com Eric.
Pessoalmente fiquei muito satisfeita com este livro e já tenho o próximo pré-encomendado para o Kindle, o "Deadlocked" que deverá descarregar dia 1 de Maio, que planeio começa-lo a ler imediatamente.

Pontos positivos: A revelação do porquê da telepatia de Sookie, o mistério do Cluviel Dor, o romper com a Sookie passiva que é vítima das situações, aceitar a sua realidade e passar à acção.

Pontos negativos: Sandra Pelt, totalmente desnecessário o enredo, pareceu uma cópia do que ela já tinha feito à Debbie Pelt. Enfim...

Estado de espírito: Bom apesar de andar um pouco insatisfeita com as minhas leituras. Tudo o que leio me parece um pouco "morno".

Fez-me refletir sobre: O quanto as decisões dos outros, mesmo que bem intencionadas, nos podem ser prejudiciais.

10.02.12


Resumo: Este livro é constituído por 5 contos. Pó de Fada - Neste conto Claude e Claudine procuram Sookie para ajudá-los a descobrir quem matou a sua irmã-gémea, Claudette. Noite de Drácula - É a noite de aniversário de Drácula e Eric espera ansiosamente que o conde honre o Fangtasia com a sua visita. Resposta de Uma Palavra Só - Sookie recebe a visita do advogado da rainha Sophie-Anne com uma triste notícia. Sorte - Sookie e Amelia aceitam ajudar o agente de seguros da Sookie. Presente Embrulhado - Sookie descobre um presente inesperado na floresta na véspera de Natal.

Expectativa: Nenhuma, eu conheço bem esta saga e já sabia que se tratava de uma série de contos já publicados.

Opinião: Os contos desta compilação são pequenos casos ou situações que acontecem com a Sookie em momentos entre os livros que já foram publicados (do primeiro ao décimo volume). Alguns destes contos expandem um pouco o universo, explicam certos rituais, outros esclarecem o que aconteceu antes de alguns livros, como por exemplo o "Resposta de uma Palavra Só" que introduz os acontecimentos do Traição de Sangue. Apesar de não achar esta compilação de contos nada de extraordinário, reconheço que a saga só fica completa com estes contos. Algo que notei e me surpreendeu foi que os casos (de investigação) pareceram-me muito mais interessantes, talvez por serem curtos e não dar muito espaço a passagens como a Sookie a lavar a roupa ou a arrumar a casa.

Pontos Positivos: Uma boa adição à saga. Mais curtos e mais interessantes.

Pontos Negativos: Pouco empolgantes.

Estado de Espírito: Boa.

Fez-me reflectir sobre: Nada.

26.09.11

capa_Segredos de Sangue.aiResumo: Sookie está a recuperar física e mentalmente depois dos eventos traumáticos que aconteceram no livro anterior Sangue Mortífero. Apesar do portal para o mundo das fadas estar fechado, o perigo ainda persiste e Sookie sabe que o facto do Claude se ter mudado para a sua casa não tem a ver apenas com a familiaridade entre ambos. Sookie reata o seu relacionamento com Eric e tenta sarar as feridas entre ambos, aproxima-se de Jason que a ajuda a lidar com os lobisomens, assim como de Hunter, que de certa forma precisa da sua ajuda para lidar com a telepatia. Este Segredos de Sangue é por isso um livro sobre a família, em todas as suas formas: a humana e as várias sobrenaturais.

Expectativa: Baixa, depois do livro anterior eu não sei que rumo esta saga ia seguir e receava um livro deprimente com mais reviravoltas tristes ou simplesmente sem sentido.

Opinião: Tal como no livro anterior tenho muitos sentimentos contraditórios sobre o que li. Tento sempre pensar nos livros individualmente  e encontrar-lhes a qualidade fora da saga mas tem sido cada vez mais difícil com cada um destes livros de Sangue Fresco. Não foi (novamente) um dos meus favoritos mas também não o detestei. Acho que vi a Sookie a “sacudir” finalmente o seu lado passivo, que quer ser humana apesar de tudo e não ser ativa nos acontecimentos, para uma Sookie que sabe que tem que fazer algo para poder estar em paz e, de certa forma, uma Sookie que se concilia com o seu sobrenatural e a sua telepatia.
Acho que a relação da Sookie com o Bill chegou ao fim. O Bill reencontrou aquela “irmã vampira” que é a cara chapada da falecida mulher dele e que adora a ideia de ficar com ele. E de uma forma muito irónica foi a Sookie que permitiu a reunião de ambos. Pessoalmente acho que a “team Bill” há muito tinha perdido, mas como ainda haviam dúvidas, acho que este livro encerrou definitivamente esse capítulo.
Tal não significa que tudo está em paz entre a Sookie e o Eric: ambos têm alguns demónios que precisam de ser exorcizados. O facto do criador do Eric ter surgido neste livro foi talvez para mostrar, além de como funciona a hierarquia e forças vampíricas, o quanto o relacionamento de ambos está sempre à mercê de terceiros. Para que ambos sejam um casal ambos têm de encontrar uma forma de estarem juntos, em termos humanos, vampíricos e feéricos.
E se pensávamos que o tema das fadas estava definitivamente encerrado, errado! Claude decide mudar-se para a casa da Sookie e há uma outra fada a rondar a sua casa. Juro que nunca hei-de compreender bem todo este tema das fadas.
Para terminar, os lobisomens e metamorfos. Mega bocejo. Mega mesmo.

Pontos positivos: Um renascimento de fanáticos religiosos, desta vez contra os lobisomens e metamorfos. Pam!! E o “vem, salta!” entre o Eric e a Sookie.

Pontos negativos: Lobisomens e metamorfos. Os pensamentos chatos e repetitivos da Sookie.

Estado de espírito: Confesso que li este livro um pouco contrariada e espero que o número de meses de espera entre este e o próximo me faça sentir saudades de voltar a ler a saga, algo que não sinto agora.

Fez-me refletir sobre: Que as pessoas perdem demasiado tempo a sobre analisar as coisas em vez de gozarem a vida.

06.06.11

Resumo: A história começa no dia da revelação dos Metamorfos ao mundo. No Merlotte’s, Sam e outros acompanham a Revelação transformando-se eles também nas suas formas animais. No entanto, e embora tudo pareça decorrer tranquilamente, Arlene (que é agora uma fanática da Igreja da Irmandade do Sol) reage mal à revelação e despede-se. A mãe de Sam leva um tiro do marido e Sam vê-se obrigado a tirar uns dias para acompanhar a família. Pede a Sookie para tomar conta do bar que o faz com algum esforço extra (mais responsabilidades e menos mãos para ajudar) quando o pior acontece: Crystal, a sua cunhada de quem o Jason se tinha separado após ter descoberto que esta o traía, é encontrada cruxificada no estacionamento do Merlotte’s. Mas nem só de metamorfos trata esta história: as fadas estão mais presentes do que nunca na vida de Sookie e não se trata apenas do avô Niall (mas muito por culpa deste). Quanto aos vampiros, Eric arranja um estratagema muito seu de garantir que a Sookie é sua e que mais ninguém tem autorização de lhe pôr um dedo em cima, algo que surpreende e parece não agradar muito a Sookie. Nada disso irá interessar no final do livro, quando rebentar a guerra das fadas e em que tudo o que interessará a Sookie e companhia é sobreviver.
Crítica: Neste livro há vários enredos a decorrerem em simultâneo num muito curto espaço de tempo (3 dias se não me engano) o que torna tudo muito confuso e exasperante de seguir.
Morte da Cristal: A forma bizarra como a Cristal é encontrada e como a vida do Jason está sempre entrelaçada na sua, mesmo quando a Sookie tenta não se envolver.
Guerra das fadas: O avô Niall e os que estão contra eles. A guerra deve-se a ideias opostas sobre se devem ou não misturarem-se com humanos.
Sookie e Quinn: Acho que ainda não foi o ponto final para estes dois. Ele confronta-a e a forma como ela terminou o relacionamento.
Sookie e Eric: Ela tenta adaptar-se à ideia de estar “casada” com ele. Há toda a cena da faca cerimonial que decorre em frente ao Victor para que este não tome a Sookie.
Arlene e a Irmandade do Sol: Arlene engendra com a ajuda de outros o homicídio da Sookie.
FBI: O FBI procura a Sookie para perceberem como é que ela e o Barry encontraram tantos sobreviventes depois das explosões no hotel.
Senti que, ainda estava a assimilar os efeitos de um certo evento, já outro estava a decorrer, não permitindo à Sookie (e a nós leitores) tempo para digerir o sucedido. Achei que o grande tema deste livro é sem dúvida a falta de controlo. A Sookie tem medo e sente uma grande falta e controlo em viver a sua vida, por estar tão embrenhada no mundo sobrenatural. Quando terminei o livro achei que a Sookie se tinha deixado vitimizar mas agora vejo que não, ela simplesmente não teve escolha para escapar de tudo aquilo. A Sookie não tem escolha: não pode fugir do dom, não pode fugir da sua linhagem de fada, não pode fugir da atracção que exerce sobre os sobrenaturais. Ela tenta agarrar-se ao seu lado humano mas o seu lado sobrenatural acaba sempre por alcança-la.
Pontos positivos: Sookie e Eric. Todas as cenas entre ambos. O que ele diz e ela não diz.
Pontos negativos: A aparente cobardia da Sookie. O excesso de acontecimentos.
Fez-me reflectir sobre: mortes injustas.

16.02.11

Resumo: Há vários enredos a decorrerem em simultâneo neste livro. A Sookie descobre que tem um bisavô que é uma figura importante do Reino das Fadas. Os vampiros do Nevada invadem o território, aproveitando o enfraquecimento da Sophie-Anne após o ataque no bombardeamento e do efeito devastador do Katrina. Eric rende-se e torna-se o único Xerife da Sophie-Anne que sobrevive à invasão. Depois de um tempo infinito sem saber de Quinn, a Sookie descobre o porquê do seu silêncio e, considerando as circunstâncias decide terminar o relacionamento entre ambos. Há uma guerra entre lobisomens que é despoletada por um grupo exterior e que culmina numa chacina e na subida de Alcide ao poder. A Sookie descobre que a sua história com a Debbie Pelt ainda não está totalmente enterrada e arranja uma fórmula mágica de afastar esse mal. Amelia torna-se a amiga que Sookie sempre precisou mas graças a ela ganha mais uma hóspede em casa e Bob volta finalmente ao normal.

Crítica: Este foi um livro onde as emoções estão ao rubro. Desde casamentos, invasões de território, mudanças de liderança à magia e espionagem, tudo acontece à Sookie num curto espaço de tempo (4 ou 5 dias). Neste livro Sookie reflecte muito sobre a família: a que morreu, a que conhece e a que desconhece. Também tem aquilo a que chamo de a “crise adequada para a idade”: Com 27 anos e sem um relacionamento estável (ó Quinn, onde estás tu?) a nossa heroína reflecte muito sobre casamentos, filhos, viver com alguém... Foi uma Sookie melancólica que encontrei neste livro, reflectindo muito sobre o “normal” e o “sobrenatural” e as vantagens e desvantagens de cada um. Sabe que nunca se encaixou como humana mas nenhum sobrenatural parece capaz de lhe dar a “normalidade” que ela deseja.
Um dos meus enredos favoritos da saga teve um desenvolvimento significativo mas nada ficou resolvido entre o Eric e a Sookie. Há que esperar pelo próximo livro.

Expectativa e estado de espírito: Devo dizer que, a contar com este, já é o terceiro livro seguido que gosto muito nesta saga. Desde a “Traição de Sangue” que tem sido delicioso ler esta história e estou muito ansiosa pelo próximo.

Pontos positivos: As opções inesperadas e criativas em algumas cenas, o bom humor e alguns personagens, nomeadamente a Amelia, a Pam e o Eric.

Pontos Negativos: O constante reaparecimento do Bill em cenas pequenas e desinteressantes, quase como se tivesse a “picar o ponto”. Penso que a escritora o tem mantido na saga devido a alguns fãs porque é um personagem sem utilidade. A capa.

Fez-me reflectir sobre: As ligações familiares, amorosas e de amizade.

Título Original: From Dead to Worse

13.11.10

Resumo: Sangue Felino começa com uma reunião no Fangtasia para preparar a ida à conferência vampírica em Rhodes, no rescaldo do Katrina e depois do efeito devastador que este teve nas vidas dos humanos e vampiros que viviam naquele território, nomeadamente a rainha Sophie-Anne. Após o desfecho sangrento em Nova Orleães e da perda financeira graças ao Katrina, Sophie-Anne encontra-se numa posição fragilizada e precisa do apoio total da sua comitiva, que inclui a Sookie. Já em Rodes, toda a acção se passa dentro do hotel: os membros da comitiva do Arkansas são assassinados, há ameaças de bomba, o julgamento da rainha e até um baile. Sookie está decidida a cimentar o seu relacionamento com Quinn mas tudo parece interferir entre ambos e ela própria compreende que a sua história com o Eric não está terminada. Após muitas voltas e reviravoltas, Sookie sobrevive e regressa a Bon Temps e a história termina com ela determinada a manter-se afastada dos vampiros, lobisomens e outros sobrenaturais afins.

Crítica: É o meu livro favorito da saga até ao momento. Percebe-se que a autora reflectiu bem sobre o que queria escrever e a acção desenvolve-se com muitas surpresas interessantes. Foi o primeiro em que se percebe realmente como funciona a política vampírica e como esta é perigosa (e fatal!). A Sookie assume e aceita o seu dom de telepata e há muitos momentos em que o utiliza (algo que sempre gostei e ansiei na saga). Barry volta a surgir, partilhando com ela muitas cenas e adorei particularmente os seus diálogos sem falar. Poucos ou nenhuns metamorfos e lobisomens, o que foi uma bênção para mim, que não gosto deles. Quinn está presente ao início e vê-se que a Sookie está empenhada em ter um relacionamento com ele, mas é uma relação frágil que é posta à prova, principalmente após a terceira troca de sangue com Eric. Aliás é neste livro que é introduzido o conceito do laço de sangue entre o Eric e a Sookie, que os irá afectar bastante nos próximos livros. Gosto muito do Eric, das suas perguntas directas e da forma como a protege sem a sufocar. Pam está maravilhosa, não só no capítulo inicial como noutras passagens, onde fala com a Sookie ou apenas surge vestida de odalisca. Há muitos detalhes e pontos interessantes neste livro, que o tornam rico e uma excelente âncora da série, fechando detalhes dos livros anteriores e introduzindo toda uma nova perspectiva para os seguintes.

Expectativa e estado de espírito: Eu já esperava que este livro fosse relativamente melhor que os anteriores mas superou bastante as expectativas. Nesta fase depressiva do ano foi a leitura necessária para escapar à realidade: O sofrimento da Sookie ajuda a relativizar os problemas do dia-a-dia. De facto, um dos pontos altos do livro foi lido enquanto esperava o resultado da operação da minha mãe e o que me segurou os nervos enquanto esperava.

Pontos Positivos: Sentido de humor. A construção e desenvolvimento da intriga. O laço de sangue.

Pontos Negativos: Algumas gralhas no texto.

Fez-me reflectir sobre:
Coragem do indivíduo comum em caso de tragédia. Confiança. Medo do desconhecido.

Título Original: All Together Dead

27.10.10

Resumo: Traição de Sangue começa com a Sookie nos braços de um homem belo e sensual, que é fada e gay. Na verdade é uma sessão fotográfica, que Sookie aceitou participar para ajudar Claude a tornar-se um belo modelo fotográfico de romances cor-de-rosa. Depois de regressar a casa ajuda o irmão a salvar o bebé de Crystal e para aliviar o stress decide aceitar sair com o Quinn. Ela está determinada em esquecer o passado: Bill, Eric, a morte da avó, e seguir em frente. Infelizmente o mundo sobrenatural persegue-a. Desta vez é a rainha do Luisiana, Sophie-Anne, que manda chamar a Sookie a Nova Orleães para ir buscar a herança que a prima lhe deixara. Ainda antes de partir começam as mortes e muitas são as situações de perigo, com porrada, cortes, dentadas, sangue e até uma recriação ectoplasmatica em que Sookie se vê envolvida. Apesar de Quinn ser o pretendente com a presença mais forte neste livro, Eric e Bill surgem, quase como se fossem sombras no passado de Sookie mas ainda presentes.

Crítica: Depois do volume anterior, Sangue Furtivo, as expectativas não eram muito altas mas este Traição de Sangue conseguiu dar a volta por cima. Por um lado houve mais interacção com vampiros do que lobisomens ou metamorfos. Posso dizer, que de uma forma geral, todos os sobrenaturais e afins estiveram presentes de uma forma equilibrada. Gostei imenso da Sookie neste livro, apesar de todos os males, teve momentos muito cómicos e senti-a, de uma forma geral, mais corajosa. Neste livro acontece um momento muito dramático para a Sookie e gostei de assistir a esta mudança de atitude nela, em relação a Bill. Adorei o trio Amélia, Claudine e Sookie: muito divertidas e bem-humoradas, o tipo de amigas que a Sookie já estava a precisar há algum tempo. Não gosto do Quinn mas isso já eu sabia. Acho-o muito dentro do estilo "gangster recuperado" que eu detesto e os constantes "querida" dele dão-me vómitos, mas enfim... a Sookie parece gostar.

Expectativa e estado de espírito: A expectativa era baixa mas foi positivamente recuperada. Ando um pouco cansada (normal para esta altura do ano) e daí ter decidido apostar numa leitura mais light.

Pontos Positivos: Uma Sookie mais corajosa, inteligente e divertida. A história mais bem construída. Bom humor.

Pontos Negativos: Pouco Eric. O constante ping-pong da Sookie sobre os ex-pretendentes: gostei do Bill mas partiu-me o coração, gostei do Eric mas ele não se lembra.... credo! Uma pessoa até fica tonta.

Fez-me reflectir sobre:
Como se recupera de um coração partido? Existe dor maior que essa?

Título Original: Definitely Dead (Sookie Stackhouse, Book 6)
 

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