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Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

09.01.12

revoltaSérie: Jogos da Fome (#3 de 3)

~~Esta opinião contém MUITOS spoilers.~~

Resumo: Depois de ter sido resgatada da arena Katniss acorda para uma realidade muito diferente: o Distrito 12 foi completamente destruído pelo Capitólio e apenas a sua família e alguns habitantes sobreviveram. Vivem agora como refugiados no Distrito 13. Esse é o único Distrito que pode agora comandar uma revolução contra o Capitólio e Katniss é o símbolo dessa revolução. Esse é um papel que Katniss aceita com relutância pois sente que está a ser manipulada pelos rebeldes da mesma forma que foi pelo Presidente Snow. Quando Peeta e os outros são recapturados, Peeta está muito diferente do que estava antes e Katniss tem apenas uma missão final em mente: matar o Presidente Snow. Essa perigosa missão, através de Capitólio cheio de armadilhas vai ceifar muitas vidas, colocar em causa a sanidade de Katniss e até o sucesso da revolução.

Expectativa: Terminei a leitura do segundo volume e imediatamente peguei neste para ler.

Opinião: Apesar de ser uma trilogia viciante e de ter gostado muito do mundo distópico, da reflexão política e social que provoca, a verdade é que não fiquei realmente satisfeita da forma como terminou esta história. Como nos livros anteriores, neste “A Revolta” há a pressão sobre Katniss para ela fazer o que não quer, o que ela quer fazer e o que ela deve fazer. Há bons momentos íntimos dela com a família, cenas de batalha excitantes, momentos angustiantes, bem… emoções ao rubro. Vivemos com a Katniss tudo aquilo o que ela vive. Por isso é que não compreendo e nunca compreendi o assunto “Peeta vs Gayle”, porque sempre me pareceu sentimentos deslocados, forçados até. Há um momento no capítulo 24 que ela diz: “Neste momento a escolha seria simples. Consigo sobreviver muito bem sem nenhum dos dois.” Juro que joguei foguetes e serpentinas e tudo. E, se realmente daí em diante, as suas acções deixam de ser dominadas pela pressão que cada um deles exerce sobre ela, a verdade é que há um “vencedor” no fim. O que é que eu lamento mais neste livro foi a perda de personagens importantes e principalmente de a Katniss ter ficado num estado completamente quebrado no fim. Talvez eu tivesse sonhado com um fim apoteótico mas as guerras nunca são “limpas” por isso um final feliz talvez fosse um pouco rebuscado.
“A Revolta” é assim: ao fim de uma semana continuo sem palavras para descrever o que achei deste livro. Não foi mau mas não foi bom. Talvez esquizofrénico seja uma boa palavra para o descrever.
As 4 estrelas devem-se à crítica política e social. A manipulação, a sede de poder, as vítimas, os “jogos”, tudo foi bem pensado. Nenhum personagem surgiu para “resolver” uma cena e este livro fecha bem a critica que a autora tentou passar. A esse nível a construção da história é louvável e como poucos autores “best-sellers” conseguem fazer. 

Pontos positivos: A crítica política e social. O desfecho político. 

Pontos negativos: O fim “uns anos mais tarde a minha vida é assim” era totalmente dispensável. 

Estado de espírito: Bom, estava de férias! Fim-de-ano! 

Fez-me refletir sobre: As vítimas de guerra.

31.12.11

Este é o primeiro ano que faço um balanço deste género. A verdade é que até 2010 eu não tinha lido tanto ou comprado tantos livros, logo nunca senti necessidade de registar as minhas leituras ou gastos com o vício. Decidi que além de ser uma perspectiva sobre o ano que passou, este balanço também me vai ajudar a tomar decisões sobre as minhas leituras para 2012.

Livros Lidos
Em 2010 li 24 livros e foi o meu recorde pessoal. Em 2011 decidi bater esse recorde e consegui. Graças ao “Reading Challenge” do Goodreads foi possível registar a minha evolução e este ano li 29 livros. Nesta lista excluí 3 livros que tentei ler e dos quais adiei a leitura. 
Se a diferença é apenas de 5 livros (mais 21% acima) , a verdade é que em páginas a diferença é bem maior: 9576 páginas em 2011 para 6507 páginas em 2010. Uma diferença de 3069 páginas ou 47% acima do que foi lido no ano anterior.

Livros Comprados
O ano passado comecei a registar quanto é que gastava em livros assim como o valor daqueles que recebi (prendas e ofertas). O balanço foi positivo e acima de tudo, pude ver o quanto já tinha gasto, o que foi uma boa forma de evitar de gastar por impulso.
Este ano comprei 21 livros e gastei 239,99€. Mais de metade deste valor foi gasto na Feira do Livro de Lisboa nos 10 livros que por lá comprei.
Do dinheiro que investi em livros em 2011 só li 43,40€, ou seja, 4 livros. Os restantes lidos foram-me oferecidos ou emprestados.

Livros Recebidos: prendas, ofertas e empréstimos
Li 4 dos 7 livros emprestados (um tinha sido emprestado no final de 2010) e estes tiveram sempre prioridade sobre os oferecidos ou comprados. Poupei 55,21€ com o empréstimo destes livros e talvez compre alguns destes no futuro para os ter na minha biblioteca pessoal.
Em livros oferecidos recebi o total de 262,04€ em 17 livros. Um deles ganhei num passatempo. A soma de ambos (oferecidos e emprestados) é superior ao que gastei, logo o saldo foi positivo.

Decisões para 2012: Reduzir números
Ponderar bem a compra para evitar a compra por impulso foi a minha decisão para 2011 e no entanto gastei o dobro do dinheiro que em 2010 o que significa que estas decisões valem o que valem. No entanto vou lista-las à mesma, para ter presente a minha vontade de reduzir mesmo que depois venha a contorna-la. Um vício é um vício, afinal!

Não olhar a recordes. Ler não é uma competição, mesmo que seja comigo mesma. Foi engraçado ver até onde conseguia ir, quanto conseguiria ler este ano, para chegar à conclusão que dificilmente vou ultrapassar a barreira de dois a três livros por mês. Vou aceitar que tenho o meu ritmo e que esse é o ritmo ideal para mim. Vou não ler quando me apetecer fazê-lo e vou fazer o “luto” de um livro para não arruinar a leitura do próximo.

Ler o que compro. Eu estou muito agradecida pelos livros que recebi mas sinto que, por isso mesmo, negligenciei aqueles em que investi o meu dinheiro. O facto de estarem na estante não implica que estejam esquecidos, vejo-os como uma “conta-poupança” para serem lidos em tempos de maior aperto. E como 2012 adivinha-se um ano complicado em termos financeiros é provável que eu vá ler tudo aquilo que eu comprei e que não li em 2010 e 2011.

Adquirir menos. Esta é uma decisão difícil pois percebi que, mesmo com o controle do “custo do vício” surgiram sempre livros aos quais era muito difícil deixar passar e não comprar. Agora, quando dou por mim a ter 42 livros a entrarem-me em casa em 2011 e apenas ler 26, se continuar a este ritmo, irei adquirir livros que nunca irei ler. Talvez esteja a ser um pouco exagerada nas minhas conclusões mas tudo aponta para que eu deva comprar menos livros e é o que eu vou tentar fazer.

Apostar na qualidade. Qualidade aqui não é no sentido de “aclamado pela crítica” mas sim no que é adequado aos meus gostos pessoais. Esta também é uma decisão difícil pois nunca sei que livro é bom para mim até o começar a ler. Ler um livro mau dá-me sempre a sensação de tempo desperdiçado, um pouco como a Célia explicou no seu texto “Não terminar um livro”. Eu quero ler livros que sejam uma boa companhia nas minhas 0horas vagas e não o equivalente a “provas de esforço”. Por isso, vou  desistir mais quando não estiver a gostar do que estou a ler, sem arrependimentos. Talvez um dia mais tarde venha a gostar desse livro, quando o recomeçar.

Fazer mais leituras temáticas. Foi uma excelente forma de me manter motivada e não ficar ansiosa com a escolha do livro a ler a seguir. Foi divertido e aprendi bastante sobre cada um dos temas escolhidos.

Este “Balanço do Ano” foi muito divertido para mim de fazer e ficou tão grande que tive que dividi-lo em várias partes: esta dos números, as estantes mais lidas e as personagens femininas e masculinas favoritas.

A todos aqueles que leem este blog obrigada por o acompanharem e um Feliz Ano de 2012 cheio de boas leituras.

30.12.11

As estantes lidas em 2011 (incluindo contos) foram:

Romance Paranormal – 10

 

Romance Histórico - 4

 

Viagens no Tempo – 4

 

Fantástico – 3

 

Steampunk – 3

 

Ficção Científica – 3

 

Literatura Contemporânea – 1

 

Romance Light – 1

Uma grande surpresa que tive ao fazer este balanço foi perceber a quantidade de livros de Romance Paranormal que tinha lido este ano, porque não me pareceram assim tantos, no entanto é também verdade que cheguei a um ponto que só me apetece ler histórias com pessoas normais. Estou numa espécie de dieta de paranormal que, considerando as opções do que ainda tenho para ler, não irá durar muito tempo. Tentei contrabalançar essa minha tendência organizando duas leituras temáticas mas, alguns livros que escolhi para essas leituras eram também, na minha opinião, romances paranormais.

Próximo (e último) post: Balanço de 2011: os números.

30.12.11

Escolher as minhas personagens masculinas favoritas deste ano não foi difícil mas escolher as suas personificações humanas (para aqueles que ainda não as têm) foi. Houve muitos candidatos, muitas boas escolhas das quais desisti depois, outras tantas que seriam perfeitas para outras pessoas mas não para mim. Por isso preferi escolher aqueles que mais se parecem com o personagem que imaginei enquanto lia.

Lord Conall Maccon

Saga “The Parasol Protectorate” (Soulless)

Livros 2011 (5)

Imagens daqui e daqui

Lord Maccon é o lobisomem Alpha da alcateia de Londres e chefe do BUR (Bureau of Unnatural Registry). Tem por isso a capacidade de transformar apenas a sua cabeça em lobo, mantendo o resto do corpo com forma humana. Tem cabelo escuro e olhos castanhos quando está sem os poderes sobrenaturais e amarelos quando os tem. É grande, forte e deixa escapar, por vezes, o seu sotaque escocês.

Para o representar escolhi o modelo inglês David Gandy, conhecido pelos anúncios da Dolce e Gabanna, porque tem um ar elegante, necessário para vestir bem fatos da época vitoriana,  mas tem ao mesmo tempo um ar muito masculino e sedutor.

Lucivar Yaslana

Trilogia “As Jóias Negras” (Filha do Sangue, Herdeira das Sombras, Rainha das Trevas)

Lucivar

Imagens daqui e daqui

Ele foi o meu personagem favorito das Trilogia das Jóias Negras. O sofrimento a que foi submetido, o guerreiro em que se tornou, a sua capacidade de resistência ao sofrimento INCRÍVEL, as suas fabulosas asas negras, fizeram-me ansiar por mais e mais Lucivar, que não foi suficiente, na minha opinião. A sério, ele tem asas negras, melhor que isto é impossível.

Depois de muita procura encontrei finalmente alguém com a imagem muito parecida à imagem que criei do Lucivar, o modelo Baptiste Giabiconi. Este belo rapaz é o actual coqueluche do Karl Lagerfelt.

Noah e Zane

Trilogia “The Succubus Diaries” (Foreplay / Gentlemen prefer Succubi / Succubi like it hot)

Noah e Zane

Imagens daqui e daqui

Jackie é uma succubi que tem dois criadores: um anjo e um vampiro. Em termos mitológicos eram ambos anjos mas que seguiram caminhos (decadentes) diferentes. Noah é um anjo condenado a viver na Terra e a fazer sexo uma vez por mês. É lindo e loiro e angelical ao mesmo tempo que é muito sensual. Zane é um vampiro, perigoso e  muito misterioso. Ele esconde por debaixo da sua gabardine as suas belas asas negras.

Escolhi para o Noah o actor Jesse Spencer, conhecido pelo seu papel na série  de TV “Dr. House” e o para Zane o actor Taylor Kitsch que fez de “Gambit” no filme “Wolverine”. Ambos são homens muito bonitos e ambos parecem ser dois opostos da mesma moeda.

Prior Phillip

Os Pilares da Terra Vol. II

prior-phillip

Imagem daqui.

Destaco o prior Philip porque foi o meu personagem favorito do início ao fim do “Os Pilares da Terra”. Adorei a sua inteligência e a forma ardil com que deu volta a situações tão difíceis sem comprometer os seus valores ou moral.

Na série foi representado pelo o actor Matthew Macfadyen, que inicialmente me provocou alguma desconfiança (tinha as expectativas muito altas) mas que acabou por o interpretar muito bem.

Rhys Trahaearn “The Iron Duke”

Saga “The Iron Seas” (The Iron Duke)

Livros 20111

Imagens daqui e daqui

O Gerald Butler entrava em quase todas as listas de candidatos a personagens que “googlei”. Bastava perguntar sugestões e havia sempre alguém a dizer “e que tal o Gerald Butler? de kilt? Nú?” Bem, tendo em conta o tamanho e versatilidade do actor acho que ele faria um perfeito Rhys.

O Rhys Trahaearn não é o personagem masculino mais agradável de se ler, ou o mais sedutor, mas ele tem algo de magnético no seu silêncio e na sua bruteza que o torna irresistível. É persistente, forte e um ex-comandante de um navio pirata. E por tudo isso é que é um dos meus personagens favoritos.

Archimedes Fox

Saga “The Iron Seas” (Heart of Steel)

Livros 2011 (6)

Imagens daqui e daqui

O maior aventureiro da saga “The Iron Seas” chama-se Arquimedes Fox. É atraente, charmoso, divertido e destemido. É viciado em adrenalina e tem uma coleção enorme de casacos vistosos. Também é uma super-estrela porque as suas aventuras, escritas pela irmã, são conhecidas em todo o mundo livre da Horde. O melhor é mesmo o seu sentido de humor.

Apesar de o Josh Holloway ser um bocadinho mais velho do que o Arquimedes que eu imaginei, é aquele que talvez o melhor conseguiria interpretar. Bastava aparecer, ser divertido e charmoso, pois bonito e atlético já ele é.

Jamie Fraser

Outlander – Nas Asas do Tempo

Livros 2011 (7)

Screencap daqui e imagem daqui

Ai a escolha mais difícil de todo o sempre…

Jamie Fraser foi um dos heróis românticos mais apaixonantes que eu li DESDE SEMPRE! Ele é o “prato completo” de tão perfeito que é. É descrito como alto, escocês e ruivo, masculino, com sobrancelhas grossas mas com um olhar meigo e com um sorriso “maroto”. Digo-vos, tal homem não existe e nunca irá existir porque iria destruir o gosto para outros homens.

Depois de MUITO pesquisar, decidir e testar várias hipóteses escolhi o moreno Henry Cavill para o meu Jamie, porque de certa forma (o olhar acho eu) foi aquele que mais se aproximou do Jamie Fraser que imaginei. Agora ponham-no ruivo e façam o filme!

Eric Northman

Saga Sangue Fresco (Laços de Sangue, Sangue Mortífero e Segredos de Sangue)

Livros 2011 (8)

Imagens daqui e daqui

Eric Northman é o melhor anti-herói romântico de sempre! Um vampiro viking com mais de 1000 anos, que era um guerreiro durante a sua vida e um empresário em Shreveport na sua morte. Ele é muito alto, loiro de cabelos muito compridos, forte, líder, perigoso e terrivelmente bom entre os lençóis, segundo a Sookie Stackhouse. É tão complexo como é velho e o meu personagem masculino favorito nos livros Sangue Fresco.

Ele é interpretado na série de tv “True Blood” pelo actor sueco Alexander Skarsgard e ele é tão perfeito como Eric Northman que é quase impossível encontrar fanart que não tenha a cara dele a personifica-lo.

Próximo post: Balanço de 2011: as estantes.

26.12.11

Vou dar início ao meu Balanço de Leituras de 2011 falando um pouco sobre as personagens femininas dos livros que li. Não é segredo que prefiro heroínas fortes e corajosas como personagem principal e este ano tive a sorte de  “conhecer” certas meninas e senhoras de grande valor, que me fizeram rir, chorar, que me ensinaram pelo exemplo o que se deve ou não fazer.

Skeeter, Minnie e Aibileen

As Serviçais

Heroínas.The_Help

Imagem daqui.

Estas três senhoras sentem-se amarradas à sociedade em que vivem, uma sociedade que se divide entre brancos e negros, quando na verdade as suas vidas estão tão interligadas. Correm um risco tremendo, que até pode acabar com suas vidas, quando decidem contar num livro as histórias do dia-a-dia das criadas negras e das suas senhoras brancas. Esse pequeno passo dá origem a uma transformação, uma de muitas que decorreu naquela época, para acabar com o medo, o preconceito e com a desigualdade.

Escolhi uma das imagens do filme (que ainda não vi) porque quando li o livro já conhecia quem eram as atrizes que iriam interpretar estes papéis. No entanto a Skeeter, na minha cabeça, é bem diferente da atriz escolhida para o papel.

Sayuri, Mameha e Hatsumomo

Memórias de uma gueixa

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Imagem daqui.

Este livro é repleto de personagens femininas, todas elas ricas e interessantes, por isso escolhi estas três gueixas, pela sua relação simbiótica, tão importante para o desenvolvimento de Sayuri. A sua vida não teria sido tão terrível sem Hatsumomo ou tão abençoada sem Mameha.

Inicialmente pensei em destacar apenas a Hatsumomo, por ter sido uma das maiores vilãs que li este ano. Ela é terrível, vaidosa e caprichosa, usando o facto de ser a única gueixa a trazer dinheiro para casa para exigir e maltratar quem ela bem entende mas conseguiu-me fazer sentir compaixão por ela por ser tão infeliz. O seu vazio interior obriga-a a procurar constantemente o amor, que lhe digam o quanto é bela e perfeita. Já Mameha parece satisfeita com sua vida de gueixa, vazia de amor, vivendo à custa de um patrocinador. Entre os ensinamentos de uma e os maus exemplos de outra, Sayuri terá que encontrar o seu caminho, para a sua felicidade.

A imagem escolhida é do filme que adaptou o livro para o cinema.

Aliena

Os Pilares da Terra (vol.2)

aliena

Imagem daqui.

É estranho fazer o destaque de uma personagem de que não gostei nada na primeira metade da história. Achei na altura que Aliena era muito “masculina” mas neste 2º volume melhorou bastante aos meus olhos, em grande parte graças ao seu relacionamento com Jack. A grande lição de Aliena é a sua perseverança perante as contrariedades da vida, o reerguer-se constantemente perante as constantes derrotas assim como acreditar que pode ser feliz com alguém, mesmo quando essa felicidade pode interferir com a promessa que tinha feito ao seu pai.

Na imagem está a atriz Hayley Atwell que interpretou a Aliena na mini-série de TV baseada no livro. Apesar de também não ter gostado desta atriz, não consegui imaginar mais ninguém que a pudesse interpretar.

Claire Beauchamp Randall Fraser

Outlander – Nas Asas do Tempo

Livros 2011 (4)

Imagens daqui e daqui.

O fascinante de Claire Beauchamp Randall Fraser (e sim, todos estes nomes são importantes) é que é uma mulher moderna colocada por acidente no passado, em que tudo é rústico e quase selvagem. Toda a sua história é uma sequência infinita de aventuras e Claire consegue se safar da maior parte delas com inteligência e bom humor. A forma como ela se sente dividida entre o passado e o presente, entre a sua vida anterior e actual, a sua constante luta interior entre esconder o seu segredo ou abraçar completamente um novo amor e uma nova vida é o que torna a Claire tão interessante.

Descrita como uma morena de cabelos encaracolados foi difícil encontrar uma atriz que gostasse de ver a interpretar o papel. A atriz mais apontada pelos fãs como ideal é a Rachel Weisz. Se tivesse lido o livro há alguns anos, teria escolhido a Julia Ormond. Para mim já são ambas um pouco “entradotas” para o papel e como fiquei fascinada com a interpretação da Emily Blunt no filme “The Young Victoria”, penso que ela seria a Claire ideal.

 

Jaenelle Angelline

Trilogia das Jóias Negras (Filha do Sangue, Herdeira das Sombras, Rainha das Trevas)

Jaenelle Angelline

Imagens daqui e daqui.

Na Trilogia das Joias Negras acompanhamos a vida de Jaenelle Angelline desde a sua infância, em que lhe são atribuídos poderes como a nenhuma outra feiticeira, até à sua maturidade, em que assume o papel de Rainha de Terreille.

Bela de uma forma quase angelical só os seus olhos azuis revelam toda a profundidade do seu poder e o quanto pode ser terrivelmente perigosa. É esse poder magnético que atrai os homens SaDiablo, que tudo fazem para a amar e proteger. Caracterizada como loira de olhos azuis é normalmente desenhada pelos fãs envergando o seu vestido de teia de aranha, como na imagem acima. Se eu pudesse escolher uma Jaenelle para o cinema não teria dúvidas em escolher a Evan Rachel Wood, que é bela como um anjo mas que consegue interpretar muito bem personagens com um lado mais negro e perigoso.

Katniss Everdeen

Trilogia Os Jogos da Fome (Os Jogos da Fome, Em Chamas, A Revolta).

Livros 2011

Imagens daqui e daqui.

Quando peguei no “Os Jogos da Fome” não pensei que fosse gostar tanto de Katniss Everdeen. Normalmente as personagens da literatura infanto-juvenil pecam pela sua imaturidade (ou pura burrice) mas no caso dela é a sua imaturidade, a sua pureza, que joga a seu favor. Não que ela seja naïve, nada disso, mas porque ela faz o que é o correto, quando tudo a empurra para não o fazer. E como a história é contada através dela, estamos agarrados à sua perspectiva das coisas: à sua insegurança, aos seus terrores, à confusão e incompreensão das situações.

Para o filme que estreará em Março de 2012 foi escolhida a atriz Jennifer Lawrence para o papel de Katniss e não poderia ter sido uma escolha mais perfeita, na minha opinião. Além de jovem e bonita, a Jennifer é uma excelente atriz que dará o corpo e a emoção necessárias à personagem.

Yasmeen “Lady Corsair”

Saga The Iron Seas (The Iron Duke e Heart of Steel)

Livros 2011 (2)

Imagens daqui e daqui.

Lady Corsair é a aeronave pilotada por Yasmeen mas todos  conhecem-na pelo nome da aeronave. Yasmeen é uma personagem misteriosa e magnética, acima de tudo segura de si, que ama a sua liberdade e que é respeitada pela sua tripulação. Ser uma mulher capitã de uma aeronave não é nada fácil num mundo perigoso como é no “The Iron Seas” e Yasmeen é uma capitã bem sucedida pois tem a coragem de aceitar trabalhos que mais nenhum capitão aceita fazer. Grande parte do seu mistério está na sua capacidade física de se mover depressa e de forma acrobática. É descrita como tendo olhos verdes de gata e por tapar a ponta das orelhas com lenços coloridos. Yasmeen não pretende subjugar-se a um homem, preferindo por isso estar sozinha e é nesses termos que ela se apaixona por Archimedes Fox, que se apresenta como igual e tão destemido como ela perante o perigo.

Depois de muito ponderar sobre quem seria a Lady Corsair ideal escolhi a atriz Eva Green, que entrou recentemente na série Camelot, como Morgana. Foi esse papel (na qual ela foi a única personagem de jeito) assim como a sua interpretação no filme “O Reino dos Céus”, de Ridley Scott, que me convenceram que a Eva seria capaz de interpretar uma Lady Corsair credível.

Sookie Stackhouse

Saga Sangue Fresco (Laços de Sangue, Sangue Mortífero e Segredos de Sangue)

Livros 2011 (3)

Imagens daqui e daqui.

Não é segredo que a Sookie Stackhouse é uma das minhas personagens favoritas da ficção. A forma muito humana e corajosa com que lida com tantos elementos sobrenaturais e o seu bom humor tornam a Sookie uma personagem muito próxima de nós, leitoras. Ela ainda tem um caminho a percorrer (ou a terminar…) quanto à vida, à profissão, à familia e ao amor e continuo a gostar da viagem dela, nos livros.

Gosto muito da Anna Paquin e da sua interpretação na série de TV mas, quando estou a ler, imagino a Sookie como alguém parecido à Amanda Seyfried. Isto por causa de um pormenor muito idiota: a Amanda Seyfried entrou no “Mean Girls” há uns anos e a personagem dela previa o estado do tempo nos seios (!!!). Ora a Sookie é alta, loira, de olhos azuis e mamalhuda e não sei porquê lembro-me sempre da Amanda e das mamocas dela.

 

Próximo Balanço 2011: Personagens masculinas

23.12.11

Série: Jogos da Fome (#2 de 3)

~~Esta opinião contém MUITOS spoilers.~~
Resumo: Depois de ter ganho os Jogos da Fome, Katniss está de regresso ao Distrito 12 e a tentar recuperar a sua vida anterior mas nada está na mesma: o Gale está a trabalhar nas minas e não pode caçar, ela e a sua família vivem agora na aldeia dos vencedores, assim como a família do Peeta. Apesar de o ter salvo, Katniss limita as suas conversas com Peeta ao mínimo possível mas isso irá mudar agora que têm de fazer o tour pelos distritos e continuarem com a mentira que estão apaixonados. É com a visita do Presidente Snow que Katniss toma conhecimento de que a sua estratégia das bagas foi vista por alguns distritos como um acto de rebeldia, um desafio ao Capitólio e que, por isso, deve interpretar no seu melhor o papel de vencedora apaixonada. De regresso ao Distrito 12 Katniss descobre através de duas fugitivas como é que os rebeldes vêm a Katniss como símbolo da revolução e porque é que o presidente Snow a vê como uma ameaça. Além disso os rebeldes acreditam na existência do Distrito 13, apesar de tudo fazer crer que este ficou totalmente destruído na guerra. É então que a maior surpresa de todas acontece: em comemoração do 3º Quarteirão dos Jogos da Fome, todos os anteriores tributos vencedores deverão ser novamente sorteados e Katniss e Peeta voltam novamente à arena para uns Jogos muito diferentes dos anteriores.
Expectativa: Como o livro do meio da trilogia, não esperava que fosse grande coisa, principalmente quando é normalmente apontado, para quem já leu tudo, como o menos favorito dos três.
Opinião: Vou começar a minha opinião com a opinião de outras pessoas com quem falei: É um livro que podia ter dispensado muitas partes ou ser assimilado pelos outros dois. Pessoalmente não concordo. Gostei muito deste livro e compreendo a necessidade de criar 3 livros. Enquanto que no primeiro livro conhecemos o mundo de Katniss e vemo-la passar de desconhecida e possível “carne para canhão” a vencedora dos Jogos da Fome, neste 2º livro temos a reação de quem esteve de fora e a forma como a sua atitude acendeu a chama da rebeldia. É o início da revolução que retrata este livro.
ADORO toda a crítica política e social dos Jogos da Fome e neste “Em Chamas” essa crítica é mais frontal e crua que no livro anterior: as pessoas do Capitólio vivem na abundância, enquanto os restantes distritos passam fome, e desconhecem (ou simplesmente não querem saber) como vivem mal as pessoas dos outros distritos. Os media como manipuladores da opinião. Os Jogos, a fome e a violência como forma de manterem reféns populações inteiras.
A manipulação sobre Katniss ganha novas proporções: Ela ainda está rancorosa com Haymitch e Peeta com a pseudo-paixão na arena e agora temos o Snow a tentar, através do medo, que ela não instigue à rebeldia e os outros tributos que mais parecem querer ajudá-la que matá-la, o que não faz muito sentido, até ao fim do fim do livro. Nós leitores vivemos através dos olhos dela essa manipulação, desconhecemos todos os factos, tudo o que se passa em redor dela e por isso “Em Chamas” é como um grande puzzle que só faz todo sentido no fim.
Então, porque é que eu dei apenas 4 estrelas a este livro se gostei tanto dele? Fácil: Casamento, bébé, “tenho que proteger o Peeta, tenho que salvar o Peeta”. Aaahh, triângulo amorosos, odeio-os. Detesto ter que gramar com a Katniss constantemente a pensar no Gale quando está fora da arena e no Peeta quando está na arena, ao ponto de me dar vómitos. Não gosto desta telenovela mesmo que compreenda que é parte essencial para que Katniss evolua como personagem.
Em conclusão, eu gostei muito do “Em Chamas”, pois é um elo essencial nesta trilogia.
Pontos positivos: As reviravoltas, a crítica política e social, as excelentes personagens secundárias.
Pontos negativos: “Salvar o Peeta”, “proteger o Peeta”, “ai o Gale” e os momentos “emo” como por exemplo a reação que teve quando soube que ia regressar à arena.
Estado de espírito: Bom, apesar de andar um pouco stressada nesta altura do ano. Foi um bom escape!
Fez-me refletir sobre: Sobre o quanto os nossos políticos e meios de comunicação manipulam a nossa informação, para que sejamos constantemente “gado manso”, que não reage mesmo quando temos de enfrentar o matadouro.

11.12.11

SoullessLido em Inglês

Resumo:
Alexia Tarabotti é uma solteirona inglesa de ascendência italiana. Além disso não tem alma, pormenor que não a incomoda muito mas que significa que ela é um dos poucos prenaturais existentes em território britânico, capaz de neutralizar os poderes de qualquer vampiro, lobisomem ou fantasma. Por isso mesmo não é difícil Alexia meter-se em sarilhos com qualquer uma destas entidades sobrenaturais, dando muitas dores de cabeça a Lord Maccon, o macho Alfa da matilha de Lobisomens de Londres e chefe do BUR (Bureau of Unnatural Registry). Quando Alexia mata acidentalmente um vampiro dá-se início a uma investigação sobre o aparecimento destes vampiros mal vestidos e mal educados, o desaparecimento de vampiros e lobisomens solitários e uma sociedade secreta de cientistas com uma curiosidade científica muito pouco ortodoxa.

 


Expectativa: Não tinha grande expectativa (e talvez melhor assim). Apesar das boas opiniões de pessoas cujas opiniões valorizo pressenti que não seria bem o meu tipo de leitura de eleição.

Opinião:
Ora aqui está uma opinião difícil de escrever porque tanto adorei como detestei este livro, pelas razões que vou passar a explicar.
O primeiro impacto que tive com Soulless foi a linguagem. Já é um bocadinho complicado para mim ler em inglês (mas até me desenrasco relativamente bem) mas a autora tentou ser fiel ao que seria a linguagem dos ingleses do séc. XIX, recorrendo a vocabulário mais rebuscado e pouco usual. Por isso mesmo dei por mim a não perceber certas piadas e a ficar frustrada com isso. O tipo de humor é “nonsense” e que funciona muito bem sendo, sem dúvida, um dos seus pontos fortes. Tudo parece um pouco bizarro: uma senhora inglesa com vestidos elaborados a matar um vampiro com um acessório para prender o cabelo e fingir um desmaio para pouco depois beber uma chávena de chá enquanto fala com dois lobisomens.
A seguir é a criatividade. Apesar de retratar vampiros, lobisomens e outras entidades sobrenaturais integrados na sociedade (Olá Sangue Fresco!), esta é uma sociedade do séc. XIX, uma versão alternativa à nossa em que os sobrenaturais se revelaram ao mundo durante o Renascimento e por isso a sua tecnologia é mais desenvolvida para a época. A Gail Carringer conseguiu surpreender-me várias vezes, tanto com o conceito de “prenatural”, ou sem alma, ou por ter adoptado vampiros e lobisomens sob a sua forma mais tradicional: não podem ver o sol, animais noctívagos e que enlouquecem com a lua cheia. Também gostei bastante do mistério no livro que, apesar de pouco elaborado e até um pouco previsível apresentou-se como suficientemente interessante e diferente de outros que já tinha lido.
O que eu não gostei muito foi do romance. Porque este livro é, na sua forma mais simples, um livro de literatura romântica. Um daqueles muito fraquinhos e cheios de clichés que me fazem ranger os dentes.
Alexia é o cliché de “menina inteligente e feia”: por ser inglesa mas de ascendência italiana tem um nariz aquilino e a pele mais escura, deixando-a de fora dos padrões de beleza aceitáveis. Basicamente Alexia acha-se feia e esse facto é-nos repetido, mencionando ou a pele ou nariz, vezes e vezes sem conta. As observações acutilantes de Alexia perante as situações são bem divertidas mas, ao contrário do que a autora nos quis fazer acreditar, não achei a Miss Alexia Tarabotti nada de inteligente por aí além. Apenas metediça. O romance entre ela e Lord Maccon oferece-nos momentos muito interessantes e adorei a forma como os dois interagem. Lord Maccon é o primeiro lobisomem que eu gostei realmente de ler e um bom herói romântico: forte, grande, teimoso, alfa e paciente. É que eu tenho este problema: quando passam o livro inteiro a dizer-me que certa pessoa é feia e a escritora não a consegue dotar (na minha opinião) com a devida inteligência, apesar de ter tentado, é-me muito difícil perceber o que é que o herói romântico vê nela. Tudo me pareceu muito forçado, muito óbvio e sem grandes obstáculos. O final foi perfeito, demasiado perfeito para o meu gosto.
Os personagens secundários só existem para que os principais pareçam melhores. O Professor Lyall e a Miss Hisselpenny são o exemplo disso, assim como as duas irmãs bonitas e burras de Alexia. O Lord Akeldama é a personagem gay do livro (ai, os estereótipos).
Em conclusão, Soulless é um livro romântico e levezinho, com um mistério e alguma acção. É um bom livro para quem gosta do chamado romance paranormal ou histórico e uma excelente introdução ao steampunk pois tem muito pouco mas o suficiente para aguçar o apetite por mais. É também um bom primeiro livro para uma autora que acredito que será capaz de fazer melhor.

Pontos positivos:
O humor e a criatividade, os elementos steampunk, o Lord Maccon.

Pontos negativos:
A previsibilidade da história e do romance. Cada cena era um momento “ó não, lá vão eles sentarem-se e conversar durante o chá”. Tudo me pareceu uma sequência de diálogos interrompido apenas por três ou quatro cenas de acção.

Estado de espírito:
Boa, apesar de este não ser bem o livro que me apetecia ler agora. No entanto, e já na fase final da leitura, ajudou-me bastante a não pensar em nada.

Fez-me refletir sobre:
Até os seres sobrenaturais precisam de preencher papelada. As miúdas feias também têm direito a divertirem-se.
Nota: Este livro foi emprestado pela WhiteLady3.

28.11.11

The Anubis Gates
Lido em Inglês
Resumo: Brendan Doyle é um professor académico do Séc. XX que é convidado por um cientista louco a dar uma palestra no séc. XIX sobre um poeta obscuro, a um grupo de pessoas ricas que têm dinheiro para pagar para viajarem no tempo. É raptado por uns ciganos praticantes de magia egípcia e fica por isso impedido de regressar ao seu tempo. Sozinho num mundo e século que desconhece, Doyle vê-se obrigado a sobreviver numa Londres onde os pedintes têm regras, onde um homem-cão anda a trocar de corpo em corpo, em que a magia possibilita a criação de clones, teletransporte e de guildas secretas. Depois de muitas aventuras, um corpo novo e a consagração como poeta, Doyle, agora Ashblee, consegue destruir os maus, enganar a morte e ficar com a miúda no final.

Expectativa: Muito alta. Tem viagens no tempo e era recomendado como obra de steampunk. Além disso era um livro premiado. Pensei mesmo que iria começar a minha leitura temática com “chave d’ouro”.

Opinião: Há livros assim: têm tudo para gostarmos deles e depois o amor não acontece. O “The Anubis Gates” prometia uma viagem mirabolante, e assim foi. A melhor forma de o descrever este livro será como um “Alice no País das Maravilhas” mas sem “maravilhas” e cuja “Alice” é um professor académico muito irritante que se torna no nosso herói acidental.
O conceito de “viagem no tempo” é muito interessante e a explicação deste foi provavelmente a única cena de todo o livro que gostei. Tudo o resto é confuso, bizarro e simplesmente maçador.
Ao início não percebi porque é que o livro estava a ser tão chato, só ao fim de umas 100 páginas é que cheguei à conclusão que era a escrita do autor e não as cenas em si que me aborrecia. É muito desgastante estar a meio de uma cena de acção e ter a atenção desviada para a descrição de objectos ou os lugares onde estas ocorrem. Constantemente!
Doyle deve ser, provavelmente, o herói mais chato e desinteressante de sempre. Passei mais de metade do livro a desejar-lhe a morte, para acabar de vez com o meu sofrimento. As restantes personagens são horríveis, muito além do excêntricas ou fisicamente deformadas. Um verdadeiro circo de horrores. 
A história deu várias reviravoltas, a grande maioria confusas, principalmente os saltos para cenas com novas personagens em que era difícil ou mesmo impossível compreender as motivações ou qual a finalidade delas para aquele momento da história. Penso que a grande maioria não teve finalidade alguma a não ser aparecer no “circo de horrores”. E, apesar de tantas reviravoltas, acabei por adivinhar o final a muitas páginas antes deste acontecer.
O meu interesse em ler este livro foi que, além de abordar aventuras e viagens no tempo, era também referido constantemente como uma das primeiras obras steampunk. Ora, eu sei que sou novata em relação ao conceito e por isso agradeço desde já que me elucidem qual foi a parte steampunk que me escapou no The Anubis Gates. É uma história de ficção científica (viagens no tempo) com elementos de magia que acontece no séc. XIX. Não há evolução de tecnologia antes do tempo, não há naves voadoras, dirigíveis, carros, comboios ou barcos a motor. Por isso elucidem-me, onde está o Steampunk?? As explicações serão bem-vindas. Até lá irei remeter este livro para a estante de Viagens no Tempo.

Pontos positivos: Não me lembro de nenhuma além da criatividade. Talvez seja mais interessante para quem sabe mais sobre literatura inglesa do séc. XIX.

Pontos negativos: Chato e estapafúrdio.

Estado de espírito: Bom ao início, apesar de esta ser uma época do ano em que ando muito cansada e nada disposta a ler livros confusos.

Fez-me refletir sobre: Tenho de me manter afastada de todos os livros que digam Tim Powers.
Este livro foi-me oferecido pela “A Bibliofila” e enviado da Suécia, que o escolheu porque estava na minha wishlist e que nem ela nem ninguém poderia imaginar que eu não ia gostar do livro.  Há quem goste e muito e foram essas críticas positivas que nos levaram ao engano!

27.11.11

Heart

Lido em Inglês

Resumo: Archimedes Fox é um aventureiro e uma celebridade. As suas aventuras, escritas pela sua irmã, são lidas em todo o mundo ocidental. A última vez que foi visto com vida foi quando foi atirado borda fora da aeronave da Yasmeen, a jovem capitã do Lady Corsair. Yasmeen é temida e com razão: a bela capitã é ágil e perigosa. E é esse perigo que atrai Archimedes: ele sabe que conquistá-la poderá ser a sua aventura mais difícil e talvez a derradeira. Quando Yasmeen perde tudo e Archimedes precisa de pagar uma dívida, ambos decidem unir esforços e recuperar o esboço de DaVinci roubado. Juntos partem numa aventura em que os amigos e inimigos se confundem, em que o poder da Horde no ocidente encontra-se cada vez mais fragilizado e em que o Archimedes tem que descobrir um caminho para o coração de Yasmeen, para o seu coração de aço.


Expectativa: Muito alta. Tinha adorado o "The Iron Duke" e esperei um ano para poder ler este livro.
Opinião: É sempre complicado para mim escrever opiniões de livros de que gosto muito e este é um desses casos. Talvez daí estar a escrever esta opinião tanto tempo depois de ter terminado o livro, tenho sempre receio de deixar algo importante de fora. Neste caso em concreto a minha dificuldade principal foi: "Sobre o quê é que eu vou escrever sem spoilar demasiado?” O grande prazer deste livro é descobrir o que acontece, é maravilhar-me com a complicada intriga como se de um policial se tratasse, divertir-me com as aventuras estilo "Piratas das Caraíbas" e enamorar-me pelos protagonistas tal como em qualquer livro de literatura romântica.
Sobre os personagens, o que posso dizer é que esta autora escreve heroínas fabulosas e Yasmeen, mais conhecida por Lady Corsair, não é exceção. Ela é, primeiro que tudo capitã, depois perigosa e por último mulher. Coloco o "perigosa" em 2º lugar porque é neste livro que descobrimos o que a torna tão peculiar, não só fisicamente. Archimedes Fox foi um dos meus personagens masculinos favoritos deste ano: ele é divertido e persuasivo, muito charmoso, veste casacos de cores brilhantes e é viciado em situações perigosas. Adorei a abordagem que ele utiliza para seduzir Yasmeen e a “dança” que acontece entre ambos, em que um beijo acaba por significar mais do que o sexo.
O mundo de “The Iron Seas” é agora apresentado de uma outra perspectiva, mais global, onde todos os elementos de Steampunk ainda estão presentes mas já não dominam tanto a história. O grande pano de fundo deste livro é a “Horde” e os povos que vivem no Novo Mundo, por nós conhecido como o continente americano, e que são nada mais que refugiados europeus e africanos. Nunca pensei que viesse a gostar tanto de história alternativa e dei por mim a pensar: “Bem, se o Vaticano está infestado de zombies e se ainda há católicos, onde vive o Papa agora?” pergunta para a qual não sei se irei ter resposta um dia.


Pontos positivos: Archimedes e Yasmeen, o elaborado enredo, os inimigos disfarçados.


Pontos negativos: Apesar de não lhe dar 5 estrelas como ao “The Iron Duke” acho que não lhe ficou aquém. As 4 estrelas são apenas porque achei o livro curto, aliás foi a primeira coisa que pensei quando lhe peguei. Ficou aquém das expectativas? Um pouco. Esperava um livro um pouco mais denso, como o seu antecessor.

Estado de espírito: Muito bom, ó meu Deus eu queria tanto ler este livro, larguei tudo o ler.

Fez-me refletir sobre: Engenharia genética para aperfeiçoamento do corpo humano.

27.10.11

Cartões com uma biografia  das personagens do "The Iron Duke" que ganhei num passatempo.
Nota: Pode ler a Parte 1 aqui.
 

Tchetcha: Já mencionamos várias vezes o "steampunk" aqui na nossa conversa e este foi o livro que me introduziu e me fez apaixonar pelo género (que afinal não é bem um género mas mais uma estética). O que eu mais gostei, neste caso concreto, é que o mundo "The Iron Seas" é muito credível, cheio de detalhes e com uma incrível história alternativa. Ali os objectos "steampunk" não surgem no dia-a-dia por acaso. Até a nanotecnologia, que parece um pouco "demais" para o Séc. XVIII, faz sentido. Que acharam deste universo alternativo e da ligação que tem com o nosso, ou seja, a Invasão Mongol na Europa?

White_Lady: Eu adorei a História Alternativa! Como disse no início, não sabia muito sobre as hordas mongóis, tirando o facto de que, por algum motivo tinham tentado conquistar o Ocidente mas não o conseguiram. Também não tinha bem a noção de como Marco Polo se ligava com tudo isto e de como o próprio Khan havia pedido ao Papa evangelizadores, engenheiros e escolásticos (descobri tudo isto no site da autora :D ). No nosso mundo as coisas desenrolaram-se de forma diferente, mas em "The Iron Seas" os desejos do Khan foram acedidos, mas o que se poderia pensar uma hipótese de Ocidentalização do Extremo Oriente, vem a revelar-se fatal! Os enviados europeus são forçados a desenvolver armas de guerra (já agora, quase toda a inovação, mesmo no nosso mundo, se deve a guerras, o que faz pensar um pouco :/ ) que são usadas alguns séculos depois para conquistar a Europa. E mesmo com diferenças a história é algo paralela.
As inovações demoram cerca de dois séculos a desenvolver-se, o que faz com que a conquista mongol de faça no "nosso" período dos Descobrimentos. Em "The Iron Seas" muitos povos, entre os quais os portugueses (aqui Lusitanos), perante a ameaça viram-se para os oceanos e procuram refúgio nas Américas. O açúcar, que antes era produzido no Oriente (só com os portugueses e espanhóis é que passa a ser cultivado nas Américas), passa a ser visto como algo a evitar já que é ele que infecta com os nanoagentes, transformando homens em zombies e subjugando a sua vontade para terem acesso às riquezas europeias. Mas nem tudo é mau, os nanoagentes fazem um corpo ficar mais resistente e imune a doenças, permitem a reconstituição de membros mesmo que alguns sejam substituídos para potencializar os trabalhadores... Mas o que ainda achei mais interessante, foi a possibilidade de uma nova evolução, humanos e animais que nascem já com esses agentes e que são imunes aos sinais de rádio da Horda e que leva à destruição desta.
Também achei significativo a história passar-se no séc. XIX. Uma vez destruída a torre, os que não tiveram outra escolha senão ficarem infectados e sob o domínio da Horda, passam a ter medo de sentimentos, já que antes eram controlados. Não havia emoções e mesmo contactos físicos, para efeitos de reprodução, eram muitas vezes causados pela Horde. No "nosso" séc. XIX há uma enorme repressão no que a sentimentos diz também respeito, há todo um manual de como se comportar em público e um código moral, mas é também o período em que se começa a debater muitas das questões sexuais e o papel da mulher na sociedade...
Apesar de diferente, é um mundo ainda assim bastante semelhante ao nosso. Adorei-o!

Janita: O "The Iron Duke" não foi o meu primeiro contacto com o "steampunk", mas foi dos poucos livros que conseguem utilizar esta estética de forma convincente. Esta estação temática "steampunk" foi um empurrãozinho para explorar melhor o género, depois de ler algumas obras que se intitulam steampunk ou exageram na tecnologia, aparecendo dirigíveis aqui e ali só porque sim ou então romances vitorianos serem confundidos e anunciados como sendo steampunk. Raras são as obras que conseguem um equilíbrio interessante entre inovação, vapor e história...e dentro do romance ainda mais complicado é encontrar algo minimamente interessante.
O "The Iron Duke" é um bom exemplo da estética "steampunk", e para ser sincera, fiquei bastante surpreendida quando mergulhei no mundo de Rhys e Mina. A ideia dos nanoagentes foi de génio, adorei a forma como a Meljean Brook explorou a história deles, a evolução, o controlo que exerciam sobre os infectados e posteriormente, após a explosão da torre que os controlava, o debate público sobre se deixar infectar ou não (apresentando os prós e os contras da decisão).
Ao contrário da White_lady eu sou mais uma mulher de ciência, por isso os meus olhinhos brilhavam e os meus *squees* eram mais fortes quando via a história da evolução dos nanoagentes, e a infecção que se espalhou pela Europa continental, mas realmente muitos paralelismos podem ser feitos entre o mundo de "The Iron Duke" e o nosso. A fuga por mar pelos Lusitanos, o empreendedorismo deles, no auge da exploração marítima dos nossos Descobrimentos (aquando da suposta invasão mongol do continente europeu), encaixa perfeitamente no contexto histórico do nosso mundo. Apesar dos dirigíveis, dos nanoagentes, dos implantes, do trabalho arrepiante do "Blacksmith", um sentimento ficou comigo da primeira à última página: um sentimento de proximidade aos personagens e ao mundo da Meljean, e sobretudo sentir que tudo aquilo se encaixava tão bem que podia ser realidade (um pouco como quando vi filmes como o Matrix, apesar da surrealidade do mundo por detrás do que considerávamos realidade, facilmente nos ajustámos ao mundo novo por detrás do véu).

Tchetcha:
Já que ambas falaram nos Lusitanos, detalhe que eu também adorei no livro e contos, aqui fica a resposta qua a autora me deu quando lhe perguntei onde estão os Lusitanos no mundo "The Iron Seas", durante o chat em que participámos no Goodreads:
"Well, Portugal itself is overrun with zombies. The Lusitanians, however, control a good portion of the (what we know as) the southeastern U.S., and are among the more prosperous countries in the New World -- and this absolutely had everything to do with Portugal's strong presence in trade and on the sea while the zombies were overrunning Europe. They decided to get the heck out of there, and got their people over to the Americas, and settled before anyone else really did.
Although they weren't as immediately successful as France (which settled in the Caribbean and the areas of Florida/Louisiana -- and their success was why French is the common trade language and their coins are the common currency), they developed a stronger society and economic base, so that when they began to fight with France over territory, they eventually kicked the French off the mainland and took over everything to the Gulf of Mexico.
Not that they are totally awesome. In the Appalachians, slaves (many of them kidnapped from England) are forced to work the coal mines. There were Native American massacres before the native trade confederacies formed.
But they are a strong presence in the Iron Seas, and it definitely won't be long before a Lusitanian character shows up. :-)"
[fonte]
O que eu acho mais extraordinário de tudo é ela ter dado uma resposta tão detalhada, dado que ela ainda só escreveu um livro mas, de certa forma, já tem tudo pensado. Também gostei da pequena "esperança" que nos deixou ao mencionar futuros personagens Lusitanos.

Como último tópico da nossa conversa (e sinto que mesmo assim tanto fica para dizer...) há que mencionar que o "The Iron Duke" é o primeiro livro desta saga mas há dois contos que o precedem no tempo: "Here there be monsters" e o "The Blushing Bounder". Na minha opinião ambos podem ser lidos antes ou depois do "The Iron Duke" porque não o afectam directamente. Dia 1 de Novembro sairá o segundo livro, intitulado "Heart of Steel" e que foca as aventuras do Archimedes Fox e da Lady Corsair. Quais as vossas expectativas / desejos / ansiedades para este próximo livro e para este próximo par, que será o choque de dois aventureiros que não se prendem a nada ou a ninguém?

White_Lady: Realmente é impressionante como a autora parece ter todo o seu mundo na cabeça, com tamanho detalhe. Vê-se que o seu esforço foi mais além do tentar perceber o que aconteceu na "nossa" história e criar uma alternativa. Ela tenta cruzar ambas as histórias tornando o seu mundo tão real quanto possível.
Ainda não li o "The Blushing Bounder" mas gostei muito do "Here There Be Monsters", onde pela primeira vez me cruzei com a Lady Corsair e pensei, "OMD quero um livro com ela!" Sobressaiu a sua independência, o preocupar-se apenas com ela e a sua tripulação, o facto de fazer um trabalho bem feito e ser bem paga por tal. Basicamente era uma mulher com tomates e diga-se não se vê muitas mulheres assim. E depois apareceu o Archimedes, que me distraiu então do Rhys. :D Imagino-o como um Indiana Jones, à procura de artefactos perdidos e a viver aventuras românticas, afinal de contas as suas histórias estão publicadas em livro, não é verdade? Assim que apareceu nas páginas saiu um "OMD eu quero um livro com ele!" :D Vai ser engraçado ver a relação entre os dois, sobretudo depois de ele a ter desafiado e tomado conta do dirigível, fazendo como que um mini-motim que acaba mal para ele. São ambos cabeças duras, com objectivos bem definidos e talvez algo contrários, pelo que a convivência entre ambos deve ser algo, bem, quente e capaz de queimar ambos. Percebe-se que há ali mais qualquer coisa, mesmo no passado de ambos, e mal posso esperar por descobrir porque raio é que não se entendem.

Janita: Eu quando li a resposta de Meljean à pergunta que lhe colocaste fiquei abismada, com o nível de detalhe que ela colocou na história do mundo de "Iron Seas", e com a paixão que ela transmite pelo trabalho dela! Fiz mesmo um *squee* quando ela referiu a forte possibilidade de existir um personagem Lusitano num livro futuro :D De notar também o cuidado da Meljean e da editora em fazer este chat na plataforma Goodreads, dando uma oportunidade aos fãs de falar com ela, de ter algum feedback e de receber alguns "goodies" como esta resposta sobre o Povo Lusitano e do Êxodo que se deu da Europa após a disseminação dos zombies da Horde.
Eu ainda não tive a oportunidade de ler os contos da autora (apesar de os ter em formato ebook, encomendei a antologia "Hot & Steamy: Tales of Steampunk Romance" que tem o conto da Meljean "The Blushing Boulder" e a "Burning Up" que tem o "Here There Be Monsters"), aqui faço um "mea culpa", mas é uma questão de tempo e da velocidade da entrega dos livros! ;)
Bingo, white_lady afinal a minha distracção foi a mesma que a tua! HEHE
OMD só de pensar num livro com esses dois, quase me dá uma coisinha ruim... pelo que vi dos dois no "The Iron Duke" são claramente duas pessoas com um passado muito conturbado a uni-los! O Archimedes é um aventureiro, que viaja para os destinos mais perigosos procurando artefactos, tudo isso por dinheiro e pela fama ( através de livros escritos pela irmã! LOL), sendo esses os únicos princípios dele. Enquanto a Yasmeen, aka Lady Corsair é uma mulher independente, muito à frente no seu tempo e que apesar de toda a pirataria e abordagens, é mulher e protectora tanto do seu dirigível como da sua tripulação, indo aos arames quando alguém ameaça um dos dois...
A aparição do Archimedes e a reacção da Lady Corsair à presença dele no dirigível, a interacção dos dois durante esse curto período de tempo em "The Iron Duke" promete grandes aventuras e emoções neste "Heart of Steel"...se com o Rhys e a Mina já foi uma aventura e pêras, com estes dois quem sabe o que mais veremos do mundo de "Iron Seas"... (*.*)

Tchetcha:
Bem meninas, adorei esta nossa conversa, foi muito bom partilhar com alguém aquilo que eu gostei tanto no livro e ter as vossas perspectivas sobre ele.

White_Lady: Eu adorei a experiência! Temos de fazer coisas como esta mais vezes! *Janita estou a a olhar para ti e para a série da Gail!*

Janita:
Eu amei a ideia, e a experiência de a pôr em prática foi ainda mais awesome! Assim conseguimos apreciar verdadeiramente a vivência que é ler um livro. Toca a fazer isto mais vezes... e sim :D a Gail merece *wink wink*
Notas:
  • Para saber mais sobre Steampunk basta ler o artigo que a White_lady escreveu aqui no blogue.
  • "The Iron Seas" é o nome da saga steampunk de Meljean Brooks.
  • No site da autora podem encontrar um guia do "The Iron Seas".
  • Contos publicados: "Here There Be Monsters" na antologia "Burning Up" e "The Blushing Bounder" na antologia "Wild & Steamy".
  • Esta saga terá 5 livros. O primeiro volume é o "The Iron Duke" e o segundo sairá já dia 1 de Novembro de 2011 com o título "Heart of Steel". Para Janeiro de 2012 está previsto uma reedição do "The Iron Duke" com um conto adicional chamado "Mina Wentworth and the Invisible City". O terceiro livro sairá nos finais de 2012 e já tem o título de "Molten". [fonte]
  • Todos os livros e contos podem ser lidos em separado, apesar de terem personagens que figuram noutros livros e contos da saga.
  • Não há nenhuma informação se estes livros vão ser ou não publicados em português.

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