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Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

21.06.12

Estes três contos pertencem a sagas que estou a ler e aproveitei para lê-los durante a leitura do Leões de Al-Rassan para cortar um bocadinho o ritmo.

 

Teme a Escuridão, de Sherrilyn Kenyon

Saga “O Predador da Noite"

Este conto encontra-se publicado na Revista Bang nº 12. Eu pausei a saga dos Predadores da Noite após a leitura do Dança com o Diabo, o 4º livro da saga (que adorei!) e, apesar de saber que corria o risco de me spoilar a ler este conto, não resisti a fazê-lo. Spoilei-me sim, e à grande. Fiquei muito surpreendida ao descobrir que certas coisas aconteceram (que nem imaginava serem possíveis de vir a acontecer) e que o Nick era agora um Predador da Noite. E Daemon. E que podia andar à luz do dia. E que odeia o Ash. Num pequeno conto foram tantas revelações que a minha vontade é recomeçar a saga já amanhã. O conto foca-se em duas situações: O regresso de Nick a uma Nova Orleães destruída pelo Katrina e o ódio que o consome desde a morte da mãe. Adoro a escrita de Sherrilyn Kenyon e as voltas que ela dá aos seus personagens. Muito bom!

 


Mina Wentworth and the Invisible City, de Meljean Brook

Saga "The Iron Seas"

 

Este conto foi publicado numa edição especial do "The Iron Duke" em Janeiro passado e funciona, de certa forma, como um final para a Mina e o Rhys depois do abrupto "felizes para sempre" do romance. A acção decorre passados 8 meses. A morte de um dos deputados do parlamento por uma estranha máquina em forma de roda que anda sobre carris lança Mina para mais uma investigação. Como inspectora da Scotland Yard ela corre constantemente perigo, mesmo com o seu fiel Newberry a acompanha-la e isso é algo que deixa o Rhys completamente louco. É que ele não está habituado a viver com o coração fora do corpo, a gostar e preocupar-se com outra pessoa além dele. Esse é o grande desafio de Mina e Rhys ao fim destes meses de casamento: mais do que amarem-se um ao outro, é viverem o dia-a-dia preocupando-se sim mas não morrerem de ansiedade com isso. Muito interessante também é ver como Anne, a menina que Mina adoptou no fim do The Iron Duke, se ajusta a ter uma família, uma espécie de mãe/irmã mais velha em Mina e um pai em Rhys. De resto, foi excelente regressar a Londres e rever os pais de Mina, saber um pouco mais sobre as "crèches", rir à gargalhada com as interacções entre Mina e o muito pudico Newberry, rever o Scarsdale. Apesar do mundo de The Iron Seas estar a evoluir noutras direcções, com outras heroínas e lugares, Mina Wentworth e a sua muito poluída e cinzenta Londres, terão sempre um lugarzinho muito especial no meu coração.

 

“Small-town Wedding”, de Charlaine Harris

Saga “Sangue Fresco”.

 

Este conto foi publicado no The Sookie Stackhouse Companion. Sam tinha convidado a Sookie a acompanhá-lo ao casamento do irmão mesmo já estando numa relação com a Jannilyn. Este conto é sobre isso mesmo: Sookie conhece a família de Sam e pelo meio evitam uma manifestação de ódio contra os metamorfos durante o casamento, instigada pela Irmandade do Sol. Dois terços deste conto são chatos. Como já li os dois livros posteriores aos eventos deste conto passei o tempo todo a revirar os olhos com as interacções Sookie/Sam (porque não quero que a Sookie fique com ele no final da saga). O conto acaba por ficar interessante no terço final quando começa a manifestação assim como o momento pós casamento. Também me surpreendeu pela positiva pela reintrodução de personagens de livros passados assim como o fechar de situações do passado da Sookie, nomeadamente o Quinn. Este conto deve ser lido entre o 9º e o 10º porque, quem como eu não o leu, houve eventos que não compreendi e realmente lamento que a autora tenha decidido colocar alguns eventos importantes para a compreensão da história fora do alcance de tantos fãs.

07.04.12


Resumo: Meredith Gentry trabalha em Los Angeles como detective privada e é simultaneamente uma princesa fada em fuga da corte. A sua verdadeira identidade está bem camuflada até que surge na agência um caso invulgar: uma mulher traída pelo marido e a amante deste juntam-se para denunciá-lo de lançar um feitiço com potencialidade de matar a mulher dele. Na tentativa de desmascará-lo Merry é vítima de um feitiço e acaba por revelar a sua verdadeira natureza. A partir desse momento é apenas uma questão de tempo até voltar a ser recapturada e levada para a corte mas Meredith descobre que a sua tia, a Rainha da corte Unselee não a quer morta, pelo contrário. Ao regressar à corte, a princesa Meredith descobre porque quer a sua tia mantê-la viva, reencontra velhos inimigos, descobre um Poder e faz novos amigos entre os guardas da rainha.

Expectativa: Sabia que era um livro de fantasia urbana e que esta escritora tinha fama pela sua escrita "picante" mas sinceramente a minha expectativa era relativamente baixa, devido às criticas negativas que já tinha lido.

Opinião: 
Se há livros sobre os quais não tenho uma opinião definitiva quando os termino, este é um deles. Gostei mas também não gostei e tenho tido algumas dificuldades em decidir qual dos dois sentimentos é o que pesa mais.
Se por um lado achei o enredo muito fraquinho, que não justificasse o seu peso e tamanho, por outro lado gostei do universo que o livro apresenta: multifacetado, negro, perigoso. Não lhe encontrei nada que fosse realmente cativante mas por alguma razão dei por mim viciada na leitura, expectante sobre o que iria acontecer a seguir. Gosto muito de cenas "hot" e este livro tem muitas mas tão bizarras e sem razão real para acontecerem que acabam por serem enormes turn-offs.
O crime inicial resolve-se quase por si mesmo e todo o resto do livro é a Meredith a ir de um sitio para o outro, de uma forma muito demorada. Cada cena tinha diálogos intermináveis que nada mais eram do que se a protagonista deveria ou não regressar ao reino das fadas e o risco que ela corria. No entanto, e tal como já disse, dei por mim como que viciada no livro, porque como cada cena demorava muito a desenvolver estava sempre na ansiedade de saber mais.
Resumido: está longe de ser um dos daqueles livros que goste de ler mas, como é o primeiro de uma saga, prefiro tirar as minhas conclusões definitivas daqui a dois ou três livros.

Pontos Positivos: O universo criado de um mundo de fadas que coexiste num mundo igual ao nosso, o pouco mistério que o livro teve foi interessante, o facto da Meredith ser baixinha.

Pontos Negativos: Confesso que tanto sexo e sensualismo sem romance me meteu alguma confusão e teve o efeito oposto ao desejado. Todo o livro parece uma fantasia sexual muito elaborada com variedade suficiente para constituir um jardim zoológico. Há um que tem tentáculos e tudo.

Estado de espírito: Nem boa nem má, estava a desejar regressar ao romance paranormal e fiquei imediatamente farta assim que o terminei.

Fez-me refletir sobre: Sexo sem sentimentos, que há mentes bem mais perversas que a minha, tramas palacianas.

07.03.12

Lido no Kindle
Lido em Inglês
Resumo: Dare e Julienne são ex-amantes que foram separados por mal-entendidos e uma situação de traição terrível. Sete anos depois ela é uma atriz em ascenção em Londres e ele é o Marquês de Wolverton. Dare é também espião que procura descobrir quem é o perigoso Caliban. Ao descobrir que este pode ser um dos vários pretendentes de Julienne, Dare decide reaproximar-se de Julienne mas, aquilo que começa por ser um acto calculado acaba por levar à reaproximação dos dois ex-amantes e ao despertar do sentimento que julgavam enterrado no passado.
Expectativa: Boa, queria continuar a ler livros deste tipo, “leves” e picantes!
Opinião: Depois de ter apreciado bastante o “The Savage” (que foi o meu primeiro contacto com esta autora) não resisti a saltar para outro livro escrito por Nicole Jordan. Escolhido apenas pelo seu título muito sugestivo, comecei a ler o “The Prince of Pleasure” sem fazer ideia de que este livro encerra uma série em que todos os protagonistas masculinos são todos amigos. No entanto só percebi isso no fim do livro, quando há um jantar onde quase todos estão presentes e fala-se neles como se houvesse alguma familiaridade. A sorte é que, como este livro é uma história isolada não senti a falta de ler os livros anteriores, apenas curiosidade.
Eu gosto muito de literatura romântica e estou habituada às formulas usadas e abusadas mas este “Prince of Pleasure” aborreceu-me um bocado. Primeiro a protagonista Julienne, achei-a demasiado passiva. Ela é a vítima de TUDO! Do esquema elaborado do avô para separar os dois, da doença da mãe, da impetuosidade de Dare, etc. E vemo-la a dizer capítulo após capítulo: “Eu vou lhe resistir, eu vou conseguir, eu vou fazer” e depois não faz…Mais difícil de engolir ainda é a facilidade com que ela perdoa Dare. Hum, desculpem mas não percebi mesmo! Depois temos o Dare que gosta de Julienne porque é bonita. A sério, não percebi que outras razões existiam além desta. O enredo da espionagem foi interessante mas simples e curto porque o mais interessante é que os personagens fizessem sexo. E fizeram tanto sexo que até eu, que acho que não existe tal coisa como “demasiado sexo”, comecei a enjoar. Não por ser mau, que as cenas são bem “hot” mas porque foi demais. Demasiado sexo e pouca conversa. As situações foram resolvidas com pouco.
Pontos Positivos: Uma época interessante, um desafio entre os protagonistas muito empolgante e gostei do enredo de espionagem de fundo.
Pontos Negativos: A passividade da protagonista, a forma “pouco conversada” com que as situações se resolveram, a paixão avassaladora que tornou-se quase irrealista.
Estado de Espírito: Bom apesar de andar um pouco cansada e mal-humorada.
Fez-me refletir sobre: Refugiados de guerra, ser sempre estrangeiro e digno de desconfiança mesmo que se tenha crescido naquele local. Diferenças sociais.

28.11.11

The Anubis Gates
Lido em Inglês
Resumo: Brendan Doyle é um professor académico do Séc. XX que é convidado por um cientista louco a dar uma palestra no séc. XIX sobre um poeta obscuro, a um grupo de pessoas ricas que têm dinheiro para pagar para viajarem no tempo. É raptado por uns ciganos praticantes de magia egípcia e fica por isso impedido de regressar ao seu tempo. Sozinho num mundo e século que desconhece, Doyle vê-se obrigado a sobreviver numa Londres onde os pedintes têm regras, onde um homem-cão anda a trocar de corpo em corpo, em que a magia possibilita a criação de clones, teletransporte e de guildas secretas. Depois de muitas aventuras, um corpo novo e a consagração como poeta, Doyle, agora Ashblee, consegue destruir os maus, enganar a morte e ficar com a miúda no final.

Expectativa: Muito alta. Tem viagens no tempo e era recomendado como obra de steampunk. Além disso era um livro premiado. Pensei mesmo que iria começar a minha leitura temática com “chave d’ouro”.

Opinião: Há livros assim: têm tudo para gostarmos deles e depois o amor não acontece. O “The Anubis Gates” prometia uma viagem mirabolante, e assim foi. A melhor forma de o descrever este livro será como um “Alice no País das Maravilhas” mas sem “maravilhas” e cuja “Alice” é um professor académico muito irritante que se torna no nosso herói acidental.
O conceito de “viagem no tempo” é muito interessante e a explicação deste foi provavelmente a única cena de todo o livro que gostei. Tudo o resto é confuso, bizarro e simplesmente maçador.
Ao início não percebi porque é que o livro estava a ser tão chato, só ao fim de umas 100 páginas é que cheguei à conclusão que era a escrita do autor e não as cenas em si que me aborrecia. É muito desgastante estar a meio de uma cena de acção e ter a atenção desviada para a descrição de objectos ou os lugares onde estas ocorrem. Constantemente!
Doyle deve ser, provavelmente, o herói mais chato e desinteressante de sempre. Passei mais de metade do livro a desejar-lhe a morte, para acabar de vez com o meu sofrimento. As restantes personagens são horríveis, muito além do excêntricas ou fisicamente deformadas. Um verdadeiro circo de horrores. 
A história deu várias reviravoltas, a grande maioria confusas, principalmente os saltos para cenas com novas personagens em que era difícil ou mesmo impossível compreender as motivações ou qual a finalidade delas para aquele momento da história. Penso que a grande maioria não teve finalidade alguma a não ser aparecer no “circo de horrores”. E, apesar de tantas reviravoltas, acabei por adivinhar o final a muitas páginas antes deste acontecer.
O meu interesse em ler este livro foi que, além de abordar aventuras e viagens no tempo, era também referido constantemente como uma das primeiras obras steampunk. Ora, eu sei que sou novata em relação ao conceito e por isso agradeço desde já que me elucidem qual foi a parte steampunk que me escapou no The Anubis Gates. É uma história de ficção científica (viagens no tempo) com elementos de magia que acontece no séc. XIX. Não há evolução de tecnologia antes do tempo, não há naves voadoras, dirigíveis, carros, comboios ou barcos a motor. Por isso elucidem-me, onde está o Steampunk?? As explicações serão bem-vindas. Até lá irei remeter este livro para a estante de Viagens no Tempo.

Pontos positivos: Não me lembro de nenhuma além da criatividade. Talvez seja mais interessante para quem sabe mais sobre literatura inglesa do séc. XIX.

Pontos negativos: Chato e estapafúrdio.

Estado de espírito: Bom ao início, apesar de esta ser uma época do ano em que ando muito cansada e nada disposta a ler livros confusos.

Fez-me refletir sobre: Tenho de me manter afastada de todos os livros que digam Tim Powers.
Este livro foi-me oferecido pela “A Bibliofila” e enviado da Suécia, que o escolheu porque estava na minha wishlist e que nem ela nem ninguém poderia imaginar que eu não ia gostar do livro.  Há quem goste e muito e foram essas críticas positivas que nos levaram ao engano!

19.07.11


Resumo: Ram Mohammad Thomas foi preso. O seu crime? Ter ganho o maior prémio num concurso de TV, o "Quem quer ser Bilionário?". Os produtores do programa não acreditam que um órfão de 18 anos, sem estudos, tenha conseguido ganhar o concurso sem fazer batota. Uma advogada surge do nada em sua defesa e numa noite ambos revêm a gravação do programa, todas as perguntas e Ram explica-lhe que a sua experiência de vida lhe tinha dado as respostas. Uma a uma ficamos a conhecer como é que Ram sabia as respostas e se consegue ou não provar a sua inocência.

Crítica: Não sou grande fã de comparar os livros e respectivos filmes, compreendo-os como formatos diferentes de entretenimento e por isso mesmo, não comparáveis. Mas, como tinha sido o fantástico filme que me levou à compra do livro que o originou, não consegui deixar de me sentir desiludida a cada página que avançava na leitura deste. A ideia do livro é excelente, as várias histórias promovem uma leitura pouco maçuda mas a forma de escrever deste autor é monótona e senti-me pouco cativada pela vida do pobre Thomas e de todas as desgraças que lhe aconteceram. Os vários episódios que deram as "respostas" de Thomas estavam pouco intercalados entre si e senti falta das história de amor que é apresentada no filme. É um dos poucos exemplos em que louvo a adaptação cinematográfica em detrimento da obra que o originou, porque lhe atribuiu alguns elementos que faltam no livro, ou que apenas foram mal desenvolvidos.

Expectativa e estado de espírito: A minha expectativa era muito grande e daí a desilusão em relação a este livro lhe ser proporcional. Sou grande fã do filme e quando comprei este livro desejava reencontrar na sua leitura as mesmas emoções que o filme me proporcionou: felicidade, tristeza, amor, medo. Infelizmente não senti nada disso ao lê-lo. O meu estado de espírito era ótimo, estava em fase de pré-férias e por isso com o estado de espírito certo para o ler.

Pontos positivos: A perspectiva que oferece sobre a cultura indiana.

Pontos Negativos: A escrita monótona e pouco empolgante.

Fez-me reflectir sobre: A pobreza e que o homem constrói o seu próprio destino.

29.01.11


Formato: e-book 
Lido em Inglês

 

Resumo: Esta história divide-se em 3 partes. A primeira conta quando Hugh conhece a Lilith ele é apenas um cavaleiro medieval com 17 anos e ela é um demónio que se disfarçou de donzela para espalhar a tentação. Ambos se sentem atraídos um pelo outro: ele, muito seguro do que é certo ou errado, cheio de regras de cavalheirismo e ela que é tão divertida e enganadora. No entanto, os planos dela acabam por prejudicar Hugh levando-o à morte. Michael salva-o e transforma-o num Guardião. A 2ª parte conta os séculos em que ambos se encontraram: ele como guardião e ela ainda como demónio. Conta também como ele decidiu deixar de ser guardião e matar a Lilith. Na 3ª parte encontramos Hugh como humano, com 30 e poucos anos e o seu reencontro com Lilith, em São Francisco. Ele é agora professor e é o principal suspeito da morte dos seus alunos. Mas Lilith e Hugh sabem que aquelas mortes fazem parte de um estranho ritual dos Nosferatu para conseguirem caminhar durante o dia.

Crítica: Se, quando comecei o livro estava entusiasmada (este é um livro sobre anjos e é o primeiro livro publicado pela autora do The Iron Duke), esse entusiasmo foi se desvanecendo ao longo da leitura. É extremamente longo! Tem cenas desnecessárias de diálogos infinitos entre Hugh e Lilith em que nada acontece. É um livro que poderia ter sido dividido em duas partes: a parte medieval e os séculos de Hugh como guardião e a outra metade, em que se investiga os crimes. É que nem Hugh e Lilith parecem os mesmos personagens, é desconcertante. A estrutura dos capítulos também poderia ter sido repensada para não ser tão maçudo.
Sendo este o primeiro livro publicado da autora e tendo adorado o último que ela publicou, acredito que, nos outros livros da saga, só pode melhorar. Mas houve muita coisa que me escapou, não sei se por estar a lê-lo em inglês, se por causa da estrutura ou mesmo pelo meu desinteresse em geral. Por exemplo: não compreendi a aposta feita entre Michael e Lúcifer e como é que Lilith a conseguiu resolver. Aqui culpo a minha interpretação do texto. No entanto, gostei muito de todo o mundo sobrenatural aqui criado: roça o terror, falando em vísceras, escamas e tendo partes mesmo nojentas de se ler. Toda a estrutura de criaturas e seres é muito boa e é um romance muito invulgar e distante do que é convencional.

Expectativa e estado de espírito: A expectativa era alta mas o livro acabou por desiludir. Quanto ao estado de espírito é bom, ler tem me ajudado imenso em escapar à realidade.

Pontos positivos: O Universo criado, baseado no Paradise Lost de Milton, e a originalidade no romance.

Pontos negativos: Cenas longas, aborrecidas e desnecessárias. Um enredo complicado com um desenlace que me pareceu demasiado fácil. Pouco emocionante.

Fez-me reflectir sobre: Sexo pouco convencional...

31.12.10

Formato: e-book
Lido em Inglês
Resumo: 1811, Inglaterra. Anthony é um médico e amigo de infância de Emily e Colin. Apesar da atracção que sente por Emily, por serem de classes sociais diferentes, nunca se atreveu a declarar-lhe o que sente. É por isso um dia surpreendido por Emily e este promete-lhe que regressará um dia. Anthony parte como médico de campanha para a guerra a decorrer em Espanha e aí tem um encontro fatal com uma criatura sobrenatural. Mas, por ter salvo no último minuto o seu colega, Michael decide transformar Anthony num guardião. Contra as regras, Michael decide enviar Anthony de regresso à Terra apenas 10 meses a sua transformação, para proteger Emily e Colin de um Nosferatu. E é durante esse período que Emily e Anthony assumem a atracção que sentem um pelo outro, mesmo sem a esperança de ficarem juntos. Mas talvez as regras tenham cláusulas que permitam excepções.

Crítica: Depois de ter lido o fantástico The Iron Duke da mesma escritora, procurei que mais tinha escrito. Este conto, Falling for Anthony, é a sua primeira publicação e introduz a saga dos The Guardians. Muito diferente, e muito distante da qualidade do The Iron Duke. Não achei que fosse mau, porque a criação do universo assim como todo o contexto onde se desenrola a acção, é muito bom. No entanto, a acção e o romance foram em muitos aspectos fracos. Fiquei um pouco com a impressão que a escritora se sentiu pressionada quanto ao tamanho do conto e então tentou condensar o máximo de acção, sexo e romance possíveis, fora introduzir uma mitologia. Por isso os personagens resultam um bocadinho como folha de papel, sem uma verdadeira profundidade. Acredito que estes aspectos irão melhorar ao longo da saga.

Expectativa e estado de espírito: Esperava uma história bem escrita e boa para adormecer. Li em pouco tempo porque estou de férias.

Pontos positivos: O universo criado, muito interessante. A escritora explica neste vídeo um pouco o universo dos The Guardians:

Pontos negativos: A pressa com que as coisas acontecem com os personagens.

Fez-me reflectir sobre: Nada.

Nota adicional: Um texto muito interessante da autora sobre como foi escrever este conto e porque é que falhou em muitos aspectos.


05.05.10

Resumo: A história começa com Fernando Pessoa, que atravessa um momento mais fragilizante da sua vida. Incapaz de lidar / aceitar a morte da sua mãe, procura uma forma de comunicar com esta. Após uma sessão espírita aparentemente sem resultados reais, Fernando Pessoa emerge no mundo da magia e oculto, levando-o a entrar em contacto com a obra de Alestey Crowley, o mago britânico. Sem segundas intenções, Pessoa envia a Crowley uma carta a corrigir-lhe o horóscopo e é este primeiro contacto que catalisa o encontro entre ambos em Lisboa. Alestey Crowley é um mago britânico que, no momento em que entra na narrativa, também está a atravessar um momento menos bom. Através de um conhecido, chega-lhes às mãos um livro em que descreve como se cria um homúnculo e o seu fascínio pelo culto Sebastianista desperta. Quando recebe a carta de Pessoa percebe-a como um sinal e dirige-se a Lisboa para descobrir mais. Ambos seguem as pistas mas rapidamente descobrem que estão a ser vigiados por um determinado grupo de indivíduos que os querem afastar da sua investigação. Crowley percebe onde está D. Sebastião e através de um ritual de Magia feita na Boca do Inferno, teletransporta-se para Daath, onde lhe é dito que D. Sebastião está perdido para sempre. Quando regressa à Terra, percebe que apenas passara meia-hora e resgata Fernando Pessoa que entretanto tinha sido raptado por um dos membros da organização dos Trezentos. Apesar de salvar Pessoa e regressarem sãos e salvos às suas vidas, não conseguem derrubar os Trezentos, que são uma organização poderosa que deseja controlar o mundo. 

Crítica: Foram várias as razões pelas as quais não gostei deste livro. Vou começar pela mais óbvia e, para mim, a mais dolorosa: o vocabulário. Tratando-se de um livro que aborda uma imensidão de termos esotéricos e do oculto, dei por mim a ler três e quatro vezes o mesmo parágrafo e a pensar: “Mas o que é isto?” E isto aconteceu em quase todas as partes em que a história foca o mago inglês. Fez-me sentir tão perdida e tão ignorante que desisti de tentar entender, limitei-me a tentar terminar o livro. Se eu hoje relesse a Conspiração, saltaria toda a parte que foca o Alestey Crowley, directamente para a parte em que este recebe o Livro de Ollanda das mãos do amigo. Alestey Crowley é, sem dúvida, um dos personagens mais nojentos que já tive o “desprazer” de ler. Isso remete-me a outro ponto: Que eu não sou o público-alvo deste livro. De modo algum. Apesar de gostar de ver terror, começo a perceber que ler terror é para mim um fastio, difícil de ultrapassar. Acho que vou demorar anos a apagar da minha mente o Alestey Crowley a provar as próprias fezes. Gostei da interpretação que David Soares fez de Fernando Pessoa, com toda a sua fragilidade e solidão auto-impostas, mas é lamentável que se perca tantas páginas em diálogos do oculto e esotérico (ou seja, todos aqueles parágrafos que não percebi do que falavam) quando depois, todos os momentos em que Fernando Pessoa e Crowley estão juntos, são realmente interessantes e empolgantes. A dinâmica do duo foi sem dúvida o ponto alto do livro, em que foi fácil acompanhar-lhes o raciocínio e foi aí que senti que a trama avançava com ritmo. Por fim, gostei imenso da organização dos Trezentos, encabeçados pelas experiências falhadas de Ollanda. O facto de serem híbridos entre humanos e insectos, e a forma como surgem na história, é surpreendente, empolgante e muito original. Fiquei a salivar por mais, assim como pelo mundo de Daath.  

Expectativa e estado de espírito: Não vou mentir que tinha expectativas muito altas para este livro. Primeiro porque há poucos ou nenhuns escritores a fazer o que David Soares faz: a pegar na mitologia e história portuguesa e a escrever sobre ela, de uma forma ficcional. Segundo, porque Fernando Pessoa é um dos meus escritores favoritos de sempre, e a oportunidade de lê-lo como personagem de uma história, era única. Mas ao longo da leitura, toda a boa vontade que existia no início foi desaparecendo aos poucos e foram muitas, muitas vezes que quase abandonei o livro. No final do livro o autor disponibiliza notas explicativas que ajudam bastante à compreensão do que se leu e o porquê de ter optado por tocar determinados momentos da vida dos personagens. No entanto, não deixo de sentir isso como insuficiente, porque acho que a narrativa deveria explicar-se por si só, o que não aconteceu. 

Pontos Positivos: Os líderes dos Trezentos, as descrições de Lisboa, Pessoa e Crowley como dupla de investigação. 

Pontos Negativos: O vocabulário demasiado rebuscado, cenas muito longas que não contribuem para a narrativa. 

Fez-me reflectir sobre: Conspirações, luto, sonhos.

03.02.07


É a primeira vez que vou criticar um livro depois de ter passado quase um mês (ou mais....) de o ter terminado. Por isso, creio, que não será uma crítica tão justa quanto as outras.
O não o ter criticado pode dever-se ao facto de não ter gostado de o ler. É uma história que retrata a terra onde nasci, uma época turbulenta, uma heroína romântica. Tinha tudo para ser uma leitura excelente. Mas não é.
A escrita é chata e deprimente, pretende ser algo que não consegue atingir e as únicas partes boas são os extractos das cartas originais, em que é evidente a diferença na qualidade da escrita.
O trabalho de pesquisa está bom assim como a construção das personagens mas é chato! Muito chato!! E por isso, penso que a autora não deveria insistir mais em escrever mais nada...

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