Resumo: Após todas as tentativas de derrotar Janelle terem falhado no passado, Dorothea e Hekatah preparam o plano mais diabólico de todos, aquele que destruirá não só Jaenelle mas todos os que a rodeiam. Jaenelle e os parentes pressentem que uma grande tragédia se aproxima e começam a preparar-se para o pior. Entretanto a família de Jaenelle descobre que ela ainda está viva e estão decididos a arranca-la das garras de Saetan, não acreditando que esta é agora a rainha mais poderosa dos Sangue. O plano de Jaenelle é simples: libertar todo o seu poder, destruir os Sangue corruptos, salvar os que ainda são puros. Mas fazê-lo irá exigir um sacrifício que, aqueles que a amam e protegem poderão não compreender, ou aceitar facilmente.
Crítica: Uma das razões que me levou a demorar tanto tempo a escrever esta opinião, foi que fiquei extenuada depois de ter terminado o livro. Outra foi os sentimentos contraditórios que senti quando o terminei. Olhando para a trilogia como um todo acho que é das melhores que já li até ao momento: bem construída e pensada, um mundo maravilhoso criado com todas as suas particularidades físicas e sociais, que ficará na minha memória por muito e bom tempo. Como um todo. Este Rainha das Trevas peca, no entanto, por entregar demasiado depressa (e demasiado pouco) determinados desenvolvimentos que eu esperava com alguma ansiedade desde o primeiro livro. Fez-me um pouco de confusão todo aquele desenvolvimento desde a chegada de Daemon, que não atava nem desatava, precisar ali de um empurrão da Surreal e após a conversa… pimba, já está. Humm?! Que romântico… ou não.
Compreendo porque o Daemon seja um personagem favorito de tantos, no entanto achei-o com demasiadas características femininas para o meu gosto, com todas as suas dúvidas e indecisões. Como é que alguém com 1700 anos e considerado um dos homens mais belos de sempre pode ter dúvidas?? Não compreendi, lamento. Redimiu-se na cena de salvamento de Lucival e Saetan, e, essa foi inclusive, uma das cenas mais empolgantes do livro.
Lucivar, um dos meus favoritos da trilogia foi infelizmente remetido para papel de irmão mais velho. O que significa que tudo aquilo que imaginei que iria acontecer (na minha mente perversa) acabou por não acontecer.
Surreal, outra personagem que tanto me prendeu, com a premissa de prostituta assassina, foi outra que ficou aquém das expectativas. Corajosa e forte acabou por não ter um papel nada de extraordinário no enredo.
E por fim, Jaenelle, o personagem no centro de toda esta história. Se inicialmente gostei e compreendi não haver um ponto de vista dela, acabou por ser algo que me frustrou bastante ao longo da leitura. Queria saber mais sobre o que se passava, o que ela sentia e pensava e não haver isso fez-me muita falta.
Pontos positivos: O papel definitivo dos Parentes no enredo, a construção do mundo em todos os seus detalhes, assim como o desenrolar de eventos.
Pontos negativos: Andulvar, Lucivar, Daemonar, e mais uns não-sei-quantos-“ar”, credo!! Que confusão. Detesto nomes inventados, a comichão continua.
Fez-me reflectir sobre: Que é realmente difícil perceber porque é que há livros que funcionam bem para umas pessoas e não para outras, mesmo quando têm ingredientes que à partida parecem que iam funcionar assim como é difícil terminar esta saga pensando “Gostei muito mas…” porque não consegui aceitar bem o que a história me deu, porque desejei mais do que a história me veio a dar.