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Telma_txr

Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

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Mix de leituras, organização, tv, filmes, tecnologia e de mim, claro!

24.02.11

 

 

Decidi escrever a minha opinião sobre a série de TV depois de escrever a opinião do livro, embora tenha terminado de ver a série antes.
Com apenas 8 episódios e um elenco com alguns nomes importantes, esta mini-série propôs-se traduzir as mil páginas escritas por Ken Follet para o pequeno ecrã. Mesmo só tendo lido metade da história até ao momento em que a comecei a ver, a minha expectativa era grande. Resumindo numa palavra sobre o que achei: meh. Ou “nim”. Ou imaginem-me a encolher os ombros. Isso mesmo.
Passo a explicar: o primeiro volume do livro (em Portugal a Presença publicou o livro em 2 volumes) foi condensado em 2 episódios. As minhas pestanas ardiam por tentar acompanhar aquilo tudo em duas horas tal era o receio que tive de pestanejar e perder alguma cena importante. Houve ali algo que se perdeu e esse algo foi a ligação com os personagens. Ao contrário do livro, pouco me interessou o que lhes acontecia ou não. Depois, os 6 episódios seguintes foram vistos sem conhecer o resto da história. Apesar de continuar a achar que os acontecimentos se atropelavam uns aos outros, a história resultou bem e teve o seu q.b. de emoção.

 


Foi na escolha do elenco que esta série saiu como grande vencedora. No lado dos veteranos temos Rufus Sewell como Tom Pedreiro, Donald Sutherland como o pai de Richard e Aliena, Ian McShane como Waleran e Matthew Macfadyen como o Prior Philip. Fiquei um pouco apreensiva com o actor escolhido para o Prior Philip e a minha primeira impressão foi que parecia mais um “tótó” do que um prior determinado mas rapidamente mudei de opinião com o decorrer dos episódios.

 

Por outro lado, tínhamos uma série de jovens desconhecidos a encarnar Jack, Aliena, Richard, e William. E é neste grupo dos mais novos que eu tenho a tecer os maiores elogios assim como as maiores críticas.

Eddie Redmayne conseguiu um Jack maravilhoso, interpretando maravilhosamente tanto o Jack estranho e invulgar até ao Jack confiante e sonhador. Sam Claflin também surpreende como Richard, elevando um personagem detestável no livro a um quase herói na série. Já David Oakes como William fez um vilão muito fraco. William era nojento, vil e este rapaz esteve muito aquém na sua interpretação. E chegando à minha opinião provavelmente mais controversa, Hayley Atwell interpretou uma Aliena sem sal e sem interesse. Sim, eu sei que ela foi nomeada para um Globo de Ouro para este papel mas não gostei do que vi. Acho que é uma actriz mais adequada para o teatro e talvez quando for um pouco mais velha e experiente, uma boa actriz de TV.

 

Foi no décor que esta série mais falhou. Desde o estaleiro da construção da catedral, dos castelos e palácios pouco decorados até à amostra de muro que a população construiu para se defender do ataque de William, tudo pareceu-me pobre.

Mesmo assim acho que tudo isso seria tolerável caso a série tivesse sido mais longa. Porque esta está fiel ao livro, tirando algumas alterações. A condensação em apenas 8 episódios foi realmente a grande falha desta série. Muitas cenas ficaram aquém porque não se compreendia realmente as motivações dos personagens e por isso perdeu-se essa ligação com o espectador.

Isto tudo para dizer que vale a pena ver a série mas recomendo o livro. Podem ler a minha opinião do mesmo aqui e aqui.

Mais duas opiniões sobre a série: Split Screen e Arzebiu aos molhos.

16.02.11

Depois de ter solicitado alguns orçamentos (e tenho mais um marcado para Sábado) e de ter feito contas à vida, fiquei muito frustrada. Em conversa com a minha mãe, tentámos relembrar em quanto tinha ficado as obras que fizemos aqui em casa há 3 anos. Bolas, nem do último nome do empreiteiro nos lembrávamos. Perguntámos a uma vizinha que também tinha feito obras com ele, que perguntou a outra vizinha que também tinha feito obras com ele... nada. A única coisa que nos lembrámos foi que tinha sido super barato mas nem dos valores certos nos lembrávamos...

Bem, hoje a minha mãe andou a ver uns papéis na gaveta e pimba! Encontrou o nome e os contactos do empreiteiro. E os valores que cobrou. Que são os valores que posso pagar já. O que é um grande alívio. Mesmo que ele leve um pouco mais do que na altura, é mesmo assim um terço do preço dos outros dois orçamentos que recebi, com materiais.

Falta contactá-lo e saber se ainda está ao serviço. E quanto cobrará agora...

16.02.11

Resumo: Há vários enredos a decorrerem em simultâneo neste livro. A Sookie descobre que tem um bisavô que é uma figura importante do Reino das Fadas. Os vampiros do Nevada invadem o território, aproveitando o enfraquecimento da Sophie-Anne após o ataque no bombardeamento e do efeito devastador do Katrina. Eric rende-se e torna-se o único Xerife da Sophie-Anne que sobrevive à invasão. Depois de um tempo infinito sem saber de Quinn, a Sookie descobre o porquê do seu silêncio e, considerando as circunstâncias decide terminar o relacionamento entre ambos. Há uma guerra entre lobisomens que é despoletada por um grupo exterior e que culmina numa chacina e na subida de Alcide ao poder. A Sookie descobre que a sua história com a Debbie Pelt ainda não está totalmente enterrada e arranja uma fórmula mágica de afastar esse mal. Amelia torna-se a amiga que Sookie sempre precisou mas graças a ela ganha mais uma hóspede em casa e Bob volta finalmente ao normal.

Crítica: Este foi um livro onde as emoções estão ao rubro. Desde casamentos, invasões de território, mudanças de liderança à magia e espionagem, tudo acontece à Sookie num curto espaço de tempo (4 ou 5 dias). Neste livro Sookie reflecte muito sobre a família: a que morreu, a que conhece e a que desconhece. Também tem aquilo a que chamo de a “crise adequada para a idade”: Com 27 anos e sem um relacionamento estável (ó Quinn, onde estás tu?) a nossa heroína reflecte muito sobre casamentos, filhos, viver com alguém... Foi uma Sookie melancólica que encontrei neste livro, reflectindo muito sobre o “normal” e o “sobrenatural” e as vantagens e desvantagens de cada um. Sabe que nunca se encaixou como humana mas nenhum sobrenatural parece capaz de lhe dar a “normalidade” que ela deseja.
Um dos meus enredos favoritos da saga teve um desenvolvimento significativo mas nada ficou resolvido entre o Eric e a Sookie. Há que esperar pelo próximo livro.

Expectativa e estado de espírito: Devo dizer que, a contar com este, já é o terceiro livro seguido que gosto muito nesta saga. Desde a “Traição de Sangue” que tem sido delicioso ler esta história e estou muito ansiosa pelo próximo.

Pontos positivos: As opções inesperadas e criativas em algumas cenas, o bom humor e alguns personagens, nomeadamente a Amelia, a Pam e o Eric.

Pontos Negativos: O constante reaparecimento do Bill em cenas pequenas e desinteressantes, quase como se tivesse a “picar o ponto”. Penso que a escritora o tem mantido na saga devido a alguns fãs porque é um personagem sem utilidade. A capa.

Fez-me reflectir sobre: As ligações familiares, amorosas e de amizade.

Título Original: From Dead to Worse

14.02.11

Já os tinha visto algumas vezes no VH1 mas só este fim-de-semana é que realmente chamaram a minha atenção e desde esse momento que algumas destas músicas não me saem da cabeça. Adoro o cheirinho a 80's que esta banda tem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

10.02.11

Este é o Ano Europeu do Voluntariado e confesso que sou a pior das pessoas porque não me lembro de ter feito algum, activamente e por iniciativa própria. Gostava de fazer algum que estivesse relacionado com livros ou leitura ou algo do género mas como ainda não me surgiu nada, vou deixando andar.

 

No entanto, há uns 5 anos atrás, quando ainda trabalhava na APP, ajudei a promover e a realizar uma acção de voluntariado a nível nacional. Chamava-se "Um livro para Maputo" e foi uma acção conjunta entre APP, a SPA e as Misericórdias. A ideia tinha partido do José Fanha e do Malangatana (ambos nomes desconhecidos para mim até àquele momento) de encherem a Biblioteca Nacional de Maputo com livros, porque estava pobre e por isso não era visitada.

 

O papel da APP foi simples: divulgámos através dos nossos sócios e contactos o projecto: cada aluno escolhia 1 livro para enviar para Maputo. Houve escolas que responderam à letra: fizeram actividades de turma, os meninos escolheram uma história que gostavam e redigiram cartas que acompanhavam os livros. Outras escolas recolheram livros usados, muitos deles em muito mau estado, e "livraram-se" deles.

Eu, que estava do lado "logístico" por assim dizer, recebi caixotes e caixotes intermináveis de livros, que fomos empilhando na associação, até chegar o momento de voarem para Moçambique. Veio uma carrinha da Misericórdia, recolheu os caixotes e lá foram eles.

 

Passado algum tempo vieram as primeiras notícias: aparentemente os livros dormiram uns tempos no aeroporto à espera de serem levantados. Esperámos talvez meses até termos notícias que os mesmos tinham chegado à Biblioteca. Foram recebidos com pompa e circunstância: o poeta e pintor Malangatana tinha ficado de fazer a divulgação e reuniram os alunos das escolas para receberem os donativos, naquele dia. Abriram os caixotes e leram as cartas dos meninos de Portugal.

 

Ficámos felizes. Mesmo depois de ter reclamado tanto com os malditos caixotes fiquei satisfeita por ter sido um elo naquela corrente de ajuda.

 

Como agradecimento, o pintor moçambicano, falecido este ano, escreveu uma carta, à mão, dirigida à APP e à SPA. Tenho pena de não encontrar a mesma digitalizada em lado nenhum mas sei que está emoldurada na sede da APP. Não me lembro de tudo o que ela dizia mas lembro-me do arrepio que senti enquanto a lia e de compreender porque é que ele era considerado um artista tão especial.

Dizia algo do género que "ler um livro era como encontrar uma luz", depois remetia para pirilampos e algures na carta dizia que aqueles livros eram pirilampos que tinham ido iluminar a Biblioteca de Maputo. Uma imagem bem bonita que ficou para sempre marcada na minha memória.

 

Tristemente descobri que a biblioteca fechou no ano seguinte por falta de condições mas que já reabriu entretanto. Espero que muitos dos livros enviados há 5 anos ainda estejam em boas condições e que venham a iluminar muitas mentes em Moçambique.

09.02.11

Resumo: Quatro anos depois, Inglaterra está completamente divida pela guerra. Kingsbridge precisa de uma licença para oficializar o mercado já existente que tem produzido bons lucros e ajudado na construção da catedral mas Philip tem alguma dificuldade nos meandros políticos e a Rainha Maud só lhe atribuirá a licença em troca de uma grande soma de dinheiro. Aliena, agora uma rica mercadora de lã, adianta o dinheiro a Philip esperando ter o retorno durante o mercado do velo mas, William Hamleigh invade a cidade e pega fogo a toda a lã, atirando Aliena novamente para a pobreza extrema. É neste período que Aliena e Jack se aproximam e apaixonam um pelo outro mas a promessa que Aliena fez ao pai é demasiado pesada e acaba por a levar ao seu maior erro: casar com Alfred. Magoado, Jack parte e Aliena casa com Alfred, já grávida de Jack. Depois da morte do pai, Alfred assume o lugar de mestre de obras e termina o tecto da catedral em pedra, apenas para o ver ruir e matar várias pessoas no dia da inauguração. Além disso, Aliena dá à luz o filho de Jack e Alfred expulsa-a de casa mas acaba por ir viver para o Shiring e aliar-se a Waleran e William nos planos destes de construírem uma catedral em Shiring. Após uns anos de fome e de guerra, todos têm dificuldades económicas e depois de Philip e Jack perderem os trabalhadores para o Shiring, a construção da catedral em Kingsbridge parece condenada. É então que o país é invadido por Henrique, filho da Rainha Maude, e todas as terras e condados devolvidos aos anteriores proprietários. Isso abre uma janela de oportunidade e Aliena e o irmão recuperam o condado que antes lhe pertenciam. No entanto William é nomeado Xerife de Shiring e, após a tentativa de violação de Alfred a Aliena, William tenta prender Richard e acaba por este ser desterrado numa missão à Terra Santa, ficando Aliena no lugar do conde. A desgraça final cai sobre os vilões desta história quando conspiram e assassinam Thomas Becket, transformando-o num mártir e santo. 
Crítica: Um ano após a leitura da primeira metade da história, consigo finalmente terminar “Os Pilares da Terra”. Olhando para o livro como um todo compreendo perfeitamente porque é que é tão bem sucedido. Há muitos pontos a focar neste livro, e alguns ficarão esquecidos, mas vou tentar falar sobre o que funcionou bem comigo.
Em primeiro lugar, pegar nesta 2ª metade um ano após a leitura da primeira foi quase como se tempo nenhum tivesse passado, tal é a forma rica com que nos é narrada aquela época. E o facto deste segundo volume começar com um salto de 4 anos também facilita o “mergulho” na história.
O que mais me agradou neste romance foram as personagens. Extraordinárias ou terríveis, são todas muito humanas e muito reais. Não há propriamente um só herói (entre os personagens bons) e percebi, da troca de impressões que tive com outros leitores, que cada um tinha o seu favorito. O romance assim o permite porque vai trocando de pontos de vista entre heróis e vilões, dando-nos a conhecer os seus receios, planos e ambições.
O meu favorito foi, desde o primeiro volume até ao último parágrafo, o Prior Philip. Acho que me vai ficar na memória durante anos a fio como o exemplo de alguém que faz o que está certo, que age para um bem maior e superior, o seu engenho e perspicácia aguçada e a sua humildade em aceitar a ajuda e opinião de outros nos momentos em que dela precisou. Acima de tudo, o que mais admirei no Philip foi a sua capacidade de resistir a tantos reveses da fortuna, mesmo quando não via a solução, mesmo quando aceitava as (aparentes) derrotas. 
Aliena e Jack surpreenderam-me. Apesar de não ter gostado dela no primeiro volume (personagem feminina com demasiadas características masculinas) acabei por me afeiçoar a ela, principalmente depois de partir pelo o mundo para recuperar o Jack. Este, passou de um miúdo estranho e pouco social para um sonhador apaixonado. Acredito que a sua inadequação social foi o que lhe permitiu ver todas as situações de uma outra forma e ousar ir até onde foi.
William e o Bispo Waleran foram os perfeitos exemplos do que é governar pela força e manipulação com fins puramente egoístas: poder e orgulho.
O evoluir da construção da catedral foi algo de realmente magnífico. As descrições detalhadas sobre a estrutura de uma catedral, as técnicas de construção e, acima de tudo, de ser um lugar de protecção para as populações que as rodeavam dominaram esta metade da história, nunca de uma forma enfadonha ou exagerada. Que vontade tive visitar as catedrais que inspiraram o autor: Salisbury Cathedral e Wells Cathedral assim como a muito mencionada Catedral de Saint Denis, em Paris.
Apesar do volume do livro, não houve um momento em que sentisse que a narrativa se arrastasse e acima de tudo, foi um dos livros mais bem construídos a nível de narrativa (acção, consequência) que li.
Expectativa e estado de espírito: A expectativa era boa. Estava ansiosa por lhe pegar apesar de já o ter há 6 meses em casa. Foi a série televisiva que deu o empurrão final e foi interessante ter ambas as versões em simultâneo. Prefiro o livro, claro. Quanto ao estado de espírito, ando um pouco em baixo e foi bom ler bons exemplos do que significa ultrapassar as dificuldades da vida. 
Pontos positivos: A construção da narrativa, a qualidade das personagens e a descrição da catedral. 
Pontos Negativos: A forma de escrever de Ken Follet é pouco” poética”, algo que poderia ter enriquecido ainda mais a história.
Fez-me reflectir sobre: Perseverança. Perseguir um sonho. Aprender a amar.
A minha reflexão sobre o primeiro volume: Os Pilares da Terra (Vol. I)

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