27.10.10
Fez-me reflectir sobre: Como se recupera de um coração partido? Existe dor maior que essa?
Título Original: Definitely Dead (Sookie Stackhouse, Book 6)
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27.10.10
22.10.10
Então hoje entrei a meio da conversa onde o big big boss parabenizava o meu colega pelo casamento. Nada de mal até ao momento em que a chefe, fervorosamente católica, sai-se com esta: "Agora só falta a T."
O meu rebolar de olhos foi algo deste género:
Infelizmente, tive que segui-la até ao gabinete onde deu início ao inquérito:
"Então porque é que a T. reagiu assim? É contra o casamento?"
"Contra? Não. De maneira alguma. Não sou contra nem a favor."
Cara de choque.
"Então mas tem que ter uma posição..."
"A minha posição é que se vivem juntos, estão felizes, estão comprometidos. Não é a assinatura de um papel que vai fazer a diferença."
"Então é contra."
"Claro que não. Sou a favor de as pessoas fazerem aquilo que as deixa mais felizes. Se um papel ou uma cerimónia religiosa as satisfaz por mim tudo bem."
Algures para aqui comecei a vomitar argumentos.
Ela "Mas não se trata da cerimónia religiosa ou civil que estamos a falar, é da instituição em si."
Eu "Claro, e por isso não sou contra o casamento. Mas acho que as pessoas são, hoje em dia, muito levianas com as decisões que tomam. Acho que se têm dúvidas não devem assumir compromissos. Quer impliquem assinaturas de papel ou não. Devem primeiro assumir um compromisso moral, antes de casarem. E se são felizes a viver juntos, sem a necessidade de mais nada, também não sou contra isso."
Fui despachada com um "tá bem, pode ir."
E ela por mim pode guardar os moralismos dela para ela e não vir trazê-los para o local de trabalho.
21.10.10
As palavras
pingam da minha caneta
como gotas da verdade
e gotas do sonho,
como pedaços de mim,
recortes do meu ser,
da minha verdade,
do meu viver.
E então,
a magia corre
a poesia flui
e sinto que posso criar mundos,
sentir tudo, viver tudo,
enloquecer, viver, morrer.
Escrito em 1998
21.10.10
Negros são os meus olhos,
Negros porque sou o Mal,
Uns chamam-me Diabo,
bruxa, vampira, fatal.
Sou uma alma penada,
sou o vento, sou o nada,
sou o horror das criancinhas,
matei-as com o terror,
com pena, com ardor,
com vontade de serem minhas.
Gritem, vítimas miseráveis,
chorem de tanta agonia!
Vocês são tão detestáveis
como o sol que faz o dia.
Venham até mim inocentes,
cegos pelo meu Mal,
ficarão loucos, dementes,
e serão meus no final.
Escrito em 1998
21.10.10
Incrível dejá vu, escrito a 22-08-97
A minha vida não é mais do que um amontoado de folhas rasgadas no chão. Rasgo-as, piso-as, grito e choro, mas cada vez mais, mais folhas aparecem no chão. Sou eu que as escrevo. Sou eu que as ponho ali.
Leio esta e aquela e descubro outra voz, que não é a minha, falando-me daquelas folhas soltas e rasgadas. Essa voz mostra-me o passado, a vida que eu já percorri. Rio quando leio algumas dessas folhas. Noutras eu choro. Outras são desenhos, são imagens da minha memória. Imagens que valem mais do que um poema, ou muitas palavras. E nessas imagens, nessas palavras, nessas folhas rasgadas espalhadas no chão, encontro sempre pedaços de ti, de mim, de outros que conheci. São pedaços de poesia deste mundo onde vivemos.
21.10.10
Asas brancas que voam
são a minha imaginação,
asas brancas que trespassam
os véus da ilusão...
Asas que fogem dos gritos
intolerantes, do sofrimento.
Asas que rasgam infinitos
em cada profundo momento.
São as asas da ilusão
deste universo brilhante...
São as asas que morrerão
se não voarem em diante...
Escrito em 1997??
21.10.10
A sensibilidade não é mais do que o caos dentro do caos que é o pensamento do Homem.
Verão de 97
21.10.10
Quero ter um mar
um mar só para mim
quero nele navegar
num rumo sem fim.
Pescar as pequenas estrelas
que caíram lá do céu
e aquela lua prateada
é um mundo só meu.
É um sonho esse mar,
prateado, quente e doce,
quero nele navegar,
como se Caravela fosse.
Quero então adormecer
fechar os olhos no meu mar
quero nele me perder
e poder sonhar, sonhar.
Escrito em 1996
21.10.10
O céu é azul e a planície é infinita, eterna.
É Verão e o calor envolve a minha pele, dificultando a minha respiração.
Ando.
Caminho.
Não sei para onde vou.
Apenas olho o infinito com a esperança de vir a encontrar outra coisa que não seja outra árvore, outra seara.
Tenho sede mas sei que há rios, algures, onde possa beber.
Não oiço nada a não ser os meus próprios passos mas, sei que algures, alguém canta, alguém grita, alguém ri.
Não vejo nada a não ser o horizonte mas sei que um dia encontrarei alguém.
Não sinto nada a não ser o sol na minha pele, mas sei que a estrada me leva a casa.
Estou cansada de andar mas tenho de continuar a seguir a minha estrada invisível, assim como a noite segue o dia e este segue a noite. Sempre.
Escrito em 96
19.10.10
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